Ler ou contar
histórias para crianças é poder rir, sorrir, gargalhar, imaginar,
sonhar, vivenciar e aprender… Lembrando que a grande magia desse momento
é a interação entre pais (cuidadores) e filhos, um momento de troca e
de carinho. Momentos esses hoje diante da correia do dia-a-dia quase
esquecidos.
Uma história
leva a criança muitas aprendizagens: estimula auto-conhecimento,
imaginação e criatividade; desenvolve o poder da observação; amplia, dá
sentido e enriquece as experiências; ajuda a abordar as experiências
vividas por si e pelo outro; propicia melhora nas relações interpessoais
e elaboração intrapsíquica; estabelece uma ligação interna entre o
mundo da fantasia e o da realidade; desenvolve a capacidade de dar
seqüência lógica aos fatos e o sentido da ordem; esclarece o pensamento;
auxilia na reflexão sobre novas alternativas de ações ou soluções;
proporciona novas possibilidades educacionais e terapêuticas; desenvolve
aspectos cognitivos, emocionais e relacionais; propicia identificação
com personagens que funcionam como modelo de comportamento pró-social e
sensibiliza a autoconsciência e melhor administração de emoções; educa a
atenção; desenvolve o gosto artístico e literário; fixa e amplia o
vocabulário; estimula o interesse pela leitura; desenvolve a linguagem
oral e escrita. Alguns autores acrescentam ainda que a história infantil
possibilita a expressão de sentimentos e auxilia no desenvolvimento de
habilidades de comunicação, interação, enfrentamento, assertividade e
empatia.
Diante
de todas essas possibilidades de aprendizagem e troca que a contação de
história permite, não se pode perder mais nem um minuto e devemos
incluir a contação de história na rotina diária da família.
Conforme se
pode observar, o contar histórias é muito importante na criação de
imagens e de mundos. Nossa opção pelo conto de fadas explica-se por sua
tendência ao fantástico, ao maravilhoso, ao simbólico numa tentativa de
amenizar o panorama de violência da realidade atual. Os escritos de
Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças
histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à
educação das crianças. Na Antigüidade, Apuleio, um escritor e filósofo
do século II d.C., escreveu um conto de fadas Amor e Psyche , uma
história como A Bela e a Fera. Esse conto tem o mesmo padrão dos que se
podem ainda encontrar, hoje em dia, na Noruega, na Suécia, na Rússia e
em muitos outros países. Pode-se concluir que este tipo de conto de
fadas (da mulher que redime seu amado da forma animal) existe
praticamente inalterado há 2.000 anos. Mas há uma informação mais
antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas colunas e
papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois irmãos, Anúbis e
Bata. Nossas tradições escritas data aproximadamente de 3.000 anos e os
temas básicos não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas
principais desses contos se reportam há 25.000 anos a.C., ainda assim,
mantendo-se praticamente inalterados.
A HISTÓRIA DA ESTÓRIA
Dentre a miscelânea de contos infantis, optamos em trabalhar com uma representação teatral do "Conto a Dona Baratinha",
cujo objetivo é o resgate do repertório de estórias folclóricas e
populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de
geração em geração, através dos familiares das crianças a elas, e
incentivar o hábito de ouvir, e re-contar, através da rememoração, pois a
arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da
repetição. Autoria da história "Conto a Dona Baratinha" (autor desconhecido).
BECHARA (2001) "
A repetição que, desde os tempos remotos, tem garantido a preservação
do vivido e do contado, das experiências coletivas e individuais, da
cultura dos povos".
Isso porque
narrar estórias às crianças é de certa forma imprimir marcas do texto no
próprio ouvinte: marcas da cultura de seu grupo, marca de outros grupos
distantes, marcas nem sabemos quais. "Nosso desafio: livrar-nos do
esquecimento que apaga nossos traços e nossos feitos."
O Conto a Dona
Baratinha é história de forma narrativa. O conto é uma narrativa mais
curta, mas isso não quer dizer que seja mais simples do que os outros
tipos.
Tem como característica central condensar conflito, tempo, espaço e reduzir o número de personagens.
Trata-se de um
gênero muito apreciado por autores e leitores, ainda que tenha adquirido
características diferentes, como, por exemplo, deixar de lado a
intenção moralizante e adotar o fantástico ou o psicológico para
elaborar o enredo.
Pode abordar
qualquer tipo de tema na construção de um mundo particular: Entendo que
para contar é necessário primeiramente construir um mundo, o mais
mobiliado possível, até os últimos pormenores.
Constrói-se um
rio, duas margens, e na margem esquerda coloca-se um pescador, e esse
pescador possui um temperamento agressivo e uma folha penal pouco limpa,
pronto: pode-se começar a escrever, traduzindo em palavras o que não
pode deixar de acontecer. (ECO apud TERRA, NICOLA & CAVALLETE, 2002:
552).
Conforme se
pode observar, o contar histórias é muito importante na criação de
imagens e de mundos. Nossa opção pelo conto de fadas explica-se por sua
tendência ao fantástico, ao maravilhoso, ao simbólico numa tentativa de
amenizar o panorama de violência da realidade atual.
Os escritos de
Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças
histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à
educação das crianças.
Na Antigüidade,
Apuleio, um escritor e filósofo do século II d.C., escreveu um conto de
fadas "Amor e Psyche", uma história como A Bela e a Fera.
Esse conto tem o
mesmo padrão dos que se podem ainda encontrar, hoje em dia, na Noruega,
na Suécia, na Rússia e em muitos outros países.
Pode-se
concluir que este tipo de conto de fadas (da mulher que redime seu amado
da forma animal) existe praticamente inalterado há 2.000 anos.
Mas há uma
informação mais antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas
colunas e papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois
irmãos, Anúbis e Bata.
Nossas
tradições escritas data aproximadamente de 3.000 anos e os temas básicos
não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas principais
desses contos se reportam há 25.000 anos a.C., ainda assim, mantendo-se
praticamente inalterados.
Podemos dizer,
com Khéde (1990: 16) "que os contos de fadas atualizam ou reinterpretam,
em suas variantes, questões universais como os conflitos do poder e a
formação dos valores, misturando fantasia e realidade no clima do 'Era
uma vez...'".
Os contos de
fadas têm suas raízes em fontes diversas. De acordo com Coelho (2000:
175), segundo o registro mítico-literário, Os primeiros contos de fadas
teriam surgido entre os celtas, povos bárbaros que, submetidos pelos
romanos (séc. II a.C./séc. I da era cristã), se fixaram principalmente
nas Gálias, Ilhas Britânicas e Irlanda. A essa herança céltica, é
atribuído o fundo maravilhoso, de estranha fantasia, imaginação e
encantamento que caracteriza as novelas de cavalaria do ciclo do bretão
(ciclo do Rei Artur e seus Cavaleiros da Távola Redonda e sua Dama
Ginevra).
Foi, pois, nas
novelas de cavalaria que as fadas teriam surgido como personagens,
representando forças psíquicas ou metafísicas. Os contos de fadas têm,
portanto, como ponto de partida um encantamento, uma metamorfose, que
levam à aventura da busca.
Esses contos
surgiram como poemas que relatavam amores estranhos, eternos,
essencialmente idealistas e ligados aos valores eternos do ser humano e
aos valores espirituais.
Sensorial mais plena vai se contrapor ao espiritualismo gerado pela imaginação sonhadora de celtas e bretões (COELHO, 1987:15).
Desde o século
XVII, conheciam-se os contos de fadas, os contos de magia e
fantasmagoria, contos e narrativas para pequenos e grandes.
O conto, porém
só adotou o sentido de forma literária quando os irmãos Grimm deram a
uma coletânea de narrativas, publicada em 1812 o título Contos para
Crianças e Famílias.
Foi, então, a
coletânea dos irmãos Grimm que reuniu toda essa diversidade num conceito
unificado e que passou a ser à base de todas as coletâneas ulteriores
do século XIX. Os irmãos Grimm são, pois, responsáveis pelas pesquisas
sobre o conto que até hoje continuam sendo realizadas. Para os irmãos
Grimm, no entanto, as verdadeiras coletâneas de contos começaram no fim
do século XVII com Charles Perrault, que apresenta os seus contos como
se tivessem sido contados por uma velha ama a seu filho.
Os contos de
Perrault entram na categoria dos Contos para Crianças e Famílias, de
Grimm. Pouco depois da publicação dos contos de Perrault, narrativas do
mesmo gênero inundaram a França e o resto da Europa. Esse gênero dominou
toda a literatura do começo do século XVIII, substituindo a narrativa
do século XVII, o romance e o que restava de novela.
A quantidade de
contos é incalculável e, entre 1704 e 1708, surge à narrativa oriental
com a primeira tradução das Mil e Uma Noites.
A coleção dos
contos de fadas dos irmãos Grimm tem atravessado os séculos com sucesso,
brotando edições em todo canto. Em diversos países, pessoas começaram a
colecionar histórias e contos de fadas nacionais, repetindo-se o número
enorme de temas.
Ainda no século
XVIII, em decorrência de um interesse histórico e científico, houve uma
tentativa de se responder à questão do porquê de tantos temas
repetitivos. Visto não haver nessa época hipótese alguma sobre um
inconsciente coletivo, ou sobre uma estrutura comum da psique humana,
procurou-se descobrir a origem dos contos de fadas, quando teriam
surgido.
É praticamente
impossível determinar se teriam se originado somente em um país, ou se
diferentes contos poderiam provir de diferentes países. Há afirmação de
alguns autores de que a versão melhor, mais rica, mais poética e melhor
expressa seria a original, sendo todas as outras derivações.
Mas isso não
parece verdadeiro, pois o fato de os contos de fadas serem manuseados
não significa necessariamente a sua degeneração, podendo até mesmo virem
a ser enriquecidos.
Jacob Grimm não
se apropriou do conto como se apresentava na literatura, ele foi
diretamente ao povo e descobriu o verdadeiro conto como forma simples.
Segundo Coelho
(2000: 164-165), são consideradas, formas simples determinadas
narrativas que, há milênios, surgiram anonimamente e passaram a circular
entre os povos da Antiguidade, transformando-se com o tempo no que hoje
conhecemos como tradição popular.
De terra em
terra, de região a região, foram sendo levados por contadores de
histórias, peregrinos, viajantes, povos emigrantes, etc., até que
acabaram por ser absorvidas por diferentes povos e, atualmente,
representam fator comum entre as diferentes tradições folclóricas. As
formas simples são as que resultam de criação espontânea, não-elaborada
(diferentes, por exemplo, dos romances medievais, que apresentam uma
forma artisticamente elaborada).
Devido à sua
simplicidade acabaram sendo assimiladas pela literatura infantil, via
tradição popular. Exemplos de formas simples: fábula, mito, lenda, conto
maravilhoso, conto de fadas etc.
O conto de
fadas é, portanto, considerado uma narrativa "de formas simples". No
entanto, apesar disso, o ponto mais importante no conto é a sua
pluralidade, devido à sua transformação e à sua mobilidade.
É comum
ouvirmos que cada um pode contar um conto com suas próprias palavras,
mas é preciso um certo cuidado ao contá-lo, pois não se pode modificar o
que lhe é prioritário.
Quando uma
forma simples é atualizada, ela pode ser fixada, tornando-se, assim, uma
forma artística, ganhando solidez e unicidade, mas perdendo em
mobilidade e pluralidade.
O conto apresenta uma infinidade de fatos diversos ligados pela maneira de representar algo.
Os fatos, como
são encontrados no conto, só podem ser nele realizados. "Pode-se aplicar
o universo ao conto e não o conto ao universo".
HISTÓRIAS INFANTIS E AQUISIÇÃO DE ESCRITA
Segundo o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Documento
Introdutório, "as instituições de educação infantil (pré-escolas)
cumprem hoje, mais do que nunca, um objetivo primordial na formação de
crianças que estejam aptas para viver em uma sociedade plural,
democrática e em constante mudança (...) Ela deve intervir com
intencionalidade educativa de modo eficiente visando a possibilitar uma
aprendizagem significativa e favorecer um desenvolvimento pleno, de
forma a tornar essas crianças cidadãs numa sociedade democrática"
(MED/SEF, 1998).
Um dos desafios
a enfrentar hoje na educação infantil é o de conseguir adaptar uma
prática pedagógica voltada para atender às necessidades da criança, que,
como será visto, já está vivendo os processos envolvidos na aquisição
da linguagem escrita, em todos os seus aspectos. Especificamente em
relação à alfabetização, o objetivo a ser alcançado não é mais o de
"preparação", desenvolvimento de prontidões para o ensino fundamental,
como se acreditava até então. Atualmente, a alfabetização deixou de ser
encarada como um momento estanque e passou a ser compreendida como um
processo, no qual a pré-escola (educação infantil) tem papel ativo e
constitutivo. Portanto, torna-se necessário estimular cada vez mais o
interesse da criança para que, embora carregado de significados, o
aprendizado não se perca no curso do tempo. A criança aprende se
desenvolvendo e se desenvolve aprendendo.
Ao relacionar
os aspectos envolvidos na aquisição da escrita com a relevância de
oportunidades que a prática de leitura de histórias infantis pode
oferecer, pretende-se expor algumas sugestões práticas que podem ser
desenvolvidas no ambiente escolar, de forma a atenuar as respostas para
esse desafio.
Em uma
sociedade que tem somente 6% de crianças na faixa etária de 0 a 6 anos
freqüentando as instituições de educação infantil, das quais 37% são
provenientes de famílias com renda superior a cinco salários mínimos, a
preocupação com a qualidade do ensino oferecido a essas crianças, em
especial na rede pública, poderia parecer secundária, já que não foi
possível ainda sequer atingir uma camada significativa da população
brasileira que,a partir da Constituição de 1988, adquiriu direito legal à
educação em creches e pré-escolas.
Felizmente, a
publicação nos últimos anos de diversos estudos vem permitindo que se
discuta qual é o papel da educação infantil no processo de aprendizado
da criança, e também qual seria a melhor maneira de fazer valer esse
papel em nossa sociedade. Numa cultura ágrafa, essas preocupações não
teriam tanto sentido, mas nossas crianças, especialmente as oriundas de
classes mais baixas, estão inseridas em uma sociedade letrada que, além
das desigualdades e injustiças a que as submete, discrimina quem não é
alfabetizado, considerando-o inferior. Portanto, apropriar-se da
linguagem escrita pode oferecer futuramente a essas crianças maiores
possibilidades de inserção social e conquista de autonomia.
Segundo
Vygotsky (1991:133), "ensinar a escrita nos anos pré-escolares impõe
necessariamente que a escrita seja relevante à vida (...) que as letras
se tornem elementos da vida das crianças, da mesma maneira como, por
exemplo, a fala. Da mesma forma que as crianças aprendem a falar, elas
podem muito bem aprender a ler e a escrever".
O PAPEL DA LITERATURA INFANTIL
NA FASE INICIAL DA ESCRITA
Contar
histórias a uma criança pequena é uma atividade bastante corriqueira,
nas mais diversas culturas do mundo e em várias situações, tanto no
âmbito familiar como no escolar. Como se sabe, essa prática vem se
reproduzindo através dos tempos de maneira quase intuitiva. Contudo,
alguns estudos já demonstraram o importante papel que as histórias
desempenham nos processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem
humana.
As histórias
infantis são utilizadas geralmente pelos adultos interlocutores (sejam
pais, professores ou terapeutas) como forma de entretenimento ou
distração; já que, pelo senso comum, freqüentemente a criança sempre
demonstra um interesse especial por elas, seja qual for a classe social à
qual pertença.
Especificamente
em se tratando da aquisição da leitura e da escrita, essas histórias
podem oferecer muito mais do que o universo ficcional que desvelam e a
importância cultural que carregam como transmissoras de valores sociais.
Existe uma acentuada diferença entre as histórias contadas e as
histórias lidas para uma criança, já que a linguagem se reveste de
qualidade estética quando escrita, e essa diferença já pode ser
percebida por ela. Kato (1997:41) já afirmava que, "ao ouvir histórias, a
criança vai construindo seu conhecimento da linguagem escrita, que não
se limita ao conhecimento das marcas gráficas a produzir ou a
interpretar, mas envolve gênero,estrutura textual, funções, formas e
recursos lingüísticos.
Ouvindo
histórias, a criança aprende pela experiência a satisfação que uma
história provoca; aprende a estrutura da história, passando a ter
consideração pela unidade e seqüência do texto; associações
convencionais que dirigem as nossas expectativas ao ouvir histórias; o
papel esperado de um lobo, de um leão, de uma raposa, de um príncipe;
delimitadores iniciais e finais ('era uma vez... e viveram felizes para
sempre') e estruturas lingüísticas mais elaboradas, típicas da linguagem
literária. "Aprende pela experiência o som de um texto escrito lido em
voz alta".
Essa forma de
contato com a linguagem escrita, por outro lado, também oferece, ainda
que subliminarmente, informações sobre um dos papéis funcionais que ela
pode desempenhar dentro da comunicação. Do ponto de vista psicológico,
podemos refletir sobre o impacto e a fascinação que as histórias exercem
sobre a criança, de qualquer raça, faixa etária ou inserção social,
tanto normal quanto portadora de algum distúrbio (de origem física,
psíquica ou funcional). As histórias são um denominador comum a todas as
crianças. Assim, para que uma história realmente prenda a atenção da
criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas, para
enriquecer sua vida, deve estimular sua imaginação, ajudando-a em seu
desenvolvimento intelectual, propiciando-lhe mais clareza em seu
universo afetivo, auxiliando-a a reconhecer, mesmo de forma
inconsciente, alguns de seus problemas e oferecendo-lhe perspectivas de
soluções, mesmo provisórias.
Muito mais do
que um adulto, a criança vive as experiências do tempo presente, e
possui apenas vagas noções do futuro, mesmo assim de caráter imediato.
Portanto, suas ansiedades frente a eventuais problemas e angústias do
cotidiano são supostamente bastante profundas, e é justamente no
enriquecimento de seus recursos internos para enfrentá-las que as
histórias infantis são um benefício.
"É exatamente a
mensagem que os contos de fada transmitem à criança de forma múltipla:
que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte
intrínseca da existência humana mas que, se a pessoa não se intimida
mas se defronta de modo firme com as opressões inesperadas e muitas
vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos, e ao fim emergirá
vitoriosa"
(Bettelheim,
1985). Segundo o autor, que elegeu especialmente os contos de fada e
suas relações benéficas para o desenvolvimento psíquico da criança como
objeto de seus estudos, a maioria das histórias tem seu enredo
desenvolvido baseando-se na equação: estabilidade + problema + solução =
estabilidade, e trabalha assim uma série de ansiedades da criança.
Especialmente os contos de fada que tratam de assuntos existenciais,
como morte de progenitores, perigos, o mal e o bem, etc.
Eles colocam
dilemas existenciais de forma simples e categórica, o que possibilita à
criança experienciar o problema de forma mais essencial e trabalhar suas
angústias com mais nitidez. Ele ainda coloca que, "aplicando o modelo
psicanalítico da personalidade humana, os contos de fada transmitem
importantes mensagens à mente consciente, à pré-consciente e à
inconsciente, em qualquer nível que esteja funcionando no momento.
Lidando com
problemas humanos universais, particularmente os que preocupam o
pensamento da criança, estas histórias falam ao ego em germinação e
encorajam seu desenvolvimento, enquanto ao mesmo tempo aliviam as
pressões pré-conscientes e inconscientes.
"À medida que
as histórias se desenrolam, dão validade e corpo às pressões do id,
mostrando caminhos para satisfazê-las que estão de acordo com as
requisições do ego e do superego" (Bettelheim, 1985).
Tratando também
dessa dimensão, segundo OLIVEIRA (1993:18), todos nós necessitamos de
uma área de ilusão paralela ao mundo real (ou das trocas sociais).
Esse espaço
interno é responsável pela transição entre o consciente e o
inconsciente, movimento que garante o equilíbrio do indivíduo.
Por suas
atividades diárias, a criança tem contato com o real, com os outros. Ao
mesmo tempo, sua imaginação se desenvolve, pois ela toma consciência de
seus limites, vive conflitos, experimenta emoções contraditórias e tem
muitas dúvidas que não consegue esclarecer.
Para tentar
resolvê-las e dominar suas angústias, impulsionada por sua curiosidade,
ela procura sonhar, imaginar. E, se conseguir canalizar esse mundo
imaginário em ações no mundo real, ela desenvolve a capacidade de
criação.
Os desenhos, as
narrativas, enfim, são maneiras de agir para dominar as emoções; as
explosões de sonhos e imagens são dirigidas então para a criação.
Portanto, a criança deve conseguir alimentar seu imaginário e
expressá-lo. Desenvolver a função simbólica por meio de textos, imagens e
sons é uma forma de sustentá-lo.
Especificamente
em relação à linguagem escrita, podemos pensar, portanto, que a
criança, mesmo antes de ler e escrever as primeiras letras, já participa
ativamente dos processos envolvidos nessa aquisição. Ela
percebe,analisa, formula suas hipóteses sobre a leitura e a escrita a
que está exposta em seu cotidiano. Seria, então, até inadequado imaginar
que uma criança em idade pré-escolar não tenha competência e condições
de apreender as diversas características da comunicação gráfica.
Segundo Contini
apud Kato (1988), uma criança exposta a um ambiente propício, ou seja,
material escrito e pessoas que o manuseiem, incluindo a própria criança,
já estaria apreendendo seus usos e funções como forma de comunicação
antes mesmo dos dois anos de idade.
Foram os
estudos sobre o que seria a psicogênese da linguagem escrita de Ferreiro
e Teberosky (1985) que lançaram uma nova luz sobre as tentativas de
descrever as etapas pelas quais a criança passa durante o processo da
aquisição. Segundo as autoras, a criança, durante o período de contato
com os sinais gráficos, vai evoluindo gradativamente. Essa evolução foi
caracterizada em quatro grandes níveis: pré-silábico, silábico,
silábico-alfabético e alfabético.
No nível
pré-silábico, observaram a presença de produções gráficas em que não
existe correspondência entre a grafia e o som. A criança nessa fase não
demonstra preocupação em diferenciar critérios para suas produções, que
se constroem a partir de traços idênticos, garatujas ou grafismos
primitivos. Não se percebe tampouco controle da quantidade de letras
utilizadas para representar o que se quer escrever. Portanto, a criança
não se utiliza de uma palavra escrita para simbolizar graficamente um
objeto.
Também é nessa
fase que se observam as ocorrências do realismo nominal, quando conforme
Carraher (1986) e Rego (1990), por exemplo, a criança usa muitas letras
para simbolizar objetos grandes e poucas para pequenos, demonstrando
assim sua hipótese na qual a representação gráfica de um objeto está
diretamente relacionada a um de seus atributos.
Já o nível
silábico se delimita quando a criança percebe que é possível representar
graficamente a linguagem oral. Ela faz então várias tentativas para
estabelecer uma relação entre a produção oral e a produção gráfica,
entre o som e a grafia. E começa, com essas tentativas, a relacionar o
que escreve com as sílabas das palavras faladas que deseja representar.
Entretanto, com seu conhecimento prévio sobre o material escrito,
utiliza-se de letras que podem não representar os respectivos sons. Ela
percebe nessa fase que pode escrever tudo o que deseja, mesmo que aquilo
que expressa graficamente não possa ser decifrado por outras pessoas.
Também nessa fase, pode aceitar relutante o fato de escrever palavras
menores com poucas letras ou ainda pode se usar, ao escrever uma frase,
uma letra somente para uma palavra inteira.
A criança
passa, então, a conviver com esses dois tipos de correspondência entre a
grafia e o som, adentrando assim no nível silábico-alfabético. E começa
também a experienciar um conflito, já que é capaz agora de perceber que
existe uma representação gráfica correspondente a cada som (percebe a
relação entre grafema e fonema).
Ela vai
reformulando sua hipótese anterior, silábica, que lhe parece
insuficiente, e vai alternando sua produção entre essa e a alfabética
propriamente dita.
Com suas
tentativas e reformulações, ela evolui para o nível alfabético, que se
estabelece mais firmemente sobre sua percepção da relação entre a grafia
e o som. Ela já consegue aceitar que a sílaba é composta de letras que
devem ser representadas distintamente, e se torna capaz de perceber
outras características da comunicação gráfica, tais como as diferenças
entre letras, sílabas, palavras e frases, ainda que ela falhe nessas
representações.
Vale a pena
ressaltar que, em seus estudos, Ferreiro e Teberosky (1985) encontraram
crianças que mostram uma seqüência de três níveis evolutivos; em outras,
uma seqüência apenas de dois níveis por exemplo, do pré-silábico ao
silábico, ou do pré-silábico ao silábico alfabético, saltando um nível;
ou ainda, em menor número,crianças que passam diretamente do nível
pré-silábico ao alfabético.
Para
Mayrink-Sabinson (1995), o trabalho desenvolvido por Ferreiro e
colaboradores é centrado em um sujeito considerado idealizado e
universal, e descreve as transformações efetuadas por ele. O sujeito age
sobre as informações que recebe do ambiente e produz a própria
linguagem por meio de esquemas assimilados previamente construídos,
deixando de lado uma explicitação teórica sobre o contexto, com o qual
os indivíduos agem continuamente e tem papel mediador e, portanto,
constitutivo, em todo o processo da aquisição da linguagem escrita. A
autora desenvolveu um estudo calcado em pesquisas sobre as relações
entre mãe e criança pré-escolar durante o processo de aquisição, no qual
enfoca o papel do interlocutor adulto letrado em suas interpretações
das produções gráficas do sujeito.
Essas
interpretações é que atribuem um significado para as produções da
criança suas representações gráficas (das garatujas às seqüências de
letras) , e assim o adulto passa também por transformações como
interlocutoras em seus modos de ação. A partir de então, sua fala sobre
as produções apresentadas pela criança também é retomada, modificada,
enriquecida e transformada por ela e o inverso também ocorre,
modificando assim a escrita da criança. O adulto passa a admitir em suas
conclusões que se forma nesse contexto uma verdadeira situação
dialógica durante o processo de aquisição da escrita, já que o
interlocutor e o sujeito vão progredindo e se transformando
reciprocamente.
Assim, podemos
dizer que a leitura e a escrita já não podem ser encaradas meramente
como atos de codificação e decodificação, de identificação de palavras,
ou até mesmo simplesmente como um processo envolvido com os movimentos
oculares e maturação neurofisiológica. Elas envolvem uma gama de outros
processos que propiciam a aquisição desse "novo" código pela criança,
mas que está inserida num contexto mais amplo de aquisições de linguagem
que perdura até a fase adulta. E é nesse sentido que aprender a ler e a
escrever implica a constante construção de significado dessas
atividades.
O CONTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
UMA PROPOSTA PEDAGOGICA
A observação de
crianças na Educação Infantil, durante o desenvolvimento de atividades
para o momento do conto de histórias infantis. A proposta pedagógica
para a atividade organizada para o professor da Educação Infantil,
quando reúne as crianças em círculo, para que todos possam participar e a
comunicação, verbal ou não possa ser garantida.
Uma vez
organizada a configuração do grupo deve se iniciar a leitura, sem que
haja uma preparação para este acontecimento. Feitas estas observações,
ideal elaborar um questionário informal (anexo) com questões objetivas,
relacionadas à hora do conto.
Neste material
privilegia-se a preparação da atividade e interesse dos professores e
das crianças, o que possibilitou organizar os conhecimentos que os
professores tem referente à atividade pedagógica, que envolve o momento
do conto.
A partir dos
resultados dos questionários, confecciona-se, o "Camarim Mágico",
material didático que tem como objetivo subsidiar o professor no momento
de contar histórias infantis.
A proposta
pedagógica que objetiva inserir as crianças da Educação Infantil como
usuários correntes da língua escrita passa pela inserção no mundo
letrado, cabendo aos adultos, professores e profissionais da educação
infantil, serem referência de leitores e escritores, usuários
competentes da língua escrita.
A função social
da instituição escola é exercer esse papel fundamental ao promover
espaço para a leitura, onde o lúdico permita as crianças à possibilidade
de viver novas experiências, organizar os sentimentos, desenvolver a
criatividade e a afetividade. Assim como alargar seus horizontes e
reestruturar a leitura de mundo, permitindo que a criança torne-se
leitora.
Segundo Lacan
(1994) "tão logo ela se instala no domínio cognitivo de um ser humano,
converte-o em um leitor, ou seja, modifica sua condição".
O primeiro
contato da criança com a leitura dá-se pela audição, mas tão importante
quanto ouvir histórias infantis é a exploração, apreciação e a
visualização de livros de gravuras, que possibilitam criar histórias,
alimentando a criatividade e o imaginário, o que oportuniza o
conhecimento de si mesmo e do mundo do qual faz parte. Com isso a
criança consegue estabelecer relação entre o real e o não-real.
Os contos e as
fábulas são importantes para as crianças, porque simbolizam o caminho
que todo ser humano percorre para o desenvolvimento, por isso fascinam
as crianças.
Elas utilizam
este recurso para compreender situações e construir conhecimentos que
necessitam para desenvolver sua personalidade.
O primeiro
contato da criança com a leitura dá-se pela audição, mas tão importante
quanto ouvir histórias infantis é a exploração, apreciação e a
visualização de livros de gravuras, que possibilitam criar histórias,
alimentando a criatividade e o imaginário, o que oportuniza o
conhecimento de si mesmo e do mundo do qual faz parte. Com isso a
criança consegue estabelecer relação entre o real e o não-real.
Os contos e as
fábulas são importantes para as crianças, porque simbolizam o caminho
que todo ser humano percorre para o desenvolvimento, por isso fascinam
as crianças.
Elas utilizam
este recurso para compreender situações e construir conhecimentos que
necessitam para desenvolver sua personalidade.
O universo da
fantasia, repleto de cenários maravilhosos, onde habitam heróis, fadas,
princesas, bruxas, reis e seres inanimados, traz em seus enredos
mensagens positivas e situações de horror, regadas por palavras mágicas,
atitudes.
O universo da
fantasia, repleto de cenários maravilhosos, onde habitam heróis, fadas,
princesas, bruxas, reis e seres inanimados, traz em seus enredos
mensagens positivas e situações de horror, regadas por palavras mágicas,
atitudes nobres e momentos emocionantes, faz com que as crianças
guardem na memória, não somente o conhecimento construído, mas também,
os momentos de encantamento vividos, que todo adulto conserva como parte
primordial de sua identidade e foram originados pelos contos que ouviu
durante a infância.
A leitura possibilita à criança avançar em vários níveis de seu desenvolvimento, como:
-Sensorial: refere-se ao aspecto físico do livro (tamanho, espessura, capa, etc);
-Emocional: refere-se aos sentimentos que a leitura provoca.
-Racional: refere-se a reflexão a que conduz na construção do conhecimento e reorganização do mundo subjetivo.
Todos esses
conhecimentos fazem parte dos fatores que impulsionam a aprendizagem,
principalmente na associação entre som, palavra e escrita. O contato
diário com a leitura, ouvindo histórias ou manuseando os livros, é muito
importante para o desenvolvimento do "cidadão-leitor".
Formar leitores é investir na cidadania, por isso a proposta de incentivar a hora do conto na educação infantil.
A literatura, a
poesia, as letras de músicas e os demais textos, que fazem parte da
diversidade textual, são pronunciações explícitas e implícitas, de um
dado momento da realidade, e a maneira como o ser humano conta e
preserva a sua história, como se fossem fotografias das idéias
relacionadas a seu tempo e a sociedade em que vive.Lacan (1994) "Não é o
homem que constitui o simbólico... Mas o simbólico é que constrói o
homem".
Questões
aplicadas junto aos professores da Educação Infantil identificaram
dificuldades encontradas, no que diz respeito às atividades pedagógicas,
em fatores de ordem sociais, culturais e econômicos, bem como as
originadas nos cursos de formação inicial de professores, onde até bem
pouco tempo não era contemplada essa etapa de escolaridade.
A efervescência
da vida moderna, a ênfase exacerbada nas novas tecnologias, a apologia
aos meios de comunicação de massa, centrada na imagem, a falta de
recurso para a Educação Infantil, faz com que os livros tornem-se cada
vez mais distantes da maior parte da população.
A alta
rotatividade da sociedade atual e o conceito de família diversificado
distanciaram do convívio familiar a figura e participação dos avós na
educação das crianças. Hoje não se fazem presentes os avós, que outrora
contavam histórias... As pessoas já não se reúnem após o jantar para
relembrar causos vividos (ou inventados) pela família. E as histórias
vão se perdendo...
Lobato (1959) "À moda de Dona Benta ler era boa". Lia "diferente" dos livros.
E os livros, as folhas impressas encardenadas?
Segundo Lobato (1959) "Livros são papéis pintados com tinta". Teriam eles perdido o encanto?
Hoje, os livros
têm um custo alto para a maioria da população brasileira e não podem
concorrer com os produtos da cesta básica, as classes populares não têm
tempo nem disposição para ler após um dia de trabalho e por fim as
poucas bibliotecas existentes não atendem a demanda dos usuários, devido
à falta de manutenção, a renovação de acervo e baixo investimento em
profissionais especializados.
Todos estes
fatores fazem com que se dificulte a formação de leitores e sinalize o
quanto é desigual o acesso à cultura. A televisão passou a ser o lazer
da população menos favorecida. O que coloca as crianças diante de um
mundo nada mágico, o que vemos na telinha é a cruel realidade dos tempos
em que vivemos. É esta a realidade que proporcionamos aos pequenos no
lugar das histórias infantis.
Os contos e
fábulas falam de atos heróicos, de bondade e delicadeza. São mundos,
permeados entre o bem e o mal, em que a felicidade é para sempre... E o
mal? Este sempre cai no esquecimento!
Ao perderem o
contato com este mundo maravilhoso as crianças perdem também o contato
com noções relacionadas à coragem, a honestidade, a bondade... Tudo o
que é preciso para uma sociedade mais fraterna.
A mídia
televisiva, as novas tecnologias, como o computador e o vídeo game fazem
parte da indústria do entretenimento, não apresentam a mesma função
social da instituição escola. E é importante frisar que uma das funções
dos professores, como profissionais da educação, é a formação de
cidadãos-leitores e inclusão na sociedade da escrita e da informação.
Se não formarmos leitores, que tipo de cidadãos formaremos?
Estamos formando cidadãos?
E preciso avaliar...
Ler não
significa decodificar letras. Ler significa compreender criticamente os
textos que o mundo nos apresenta a todo o momento. É este compreender o
mundo que causa reflexão e mudanças no processo do desenvolvimento
humano.
Diante de
tantos desafios, a escola assegura uma de suas funções, a socialização
do conhecimento construído pela humanidade, bem como se responsabiliza
pela formação do cidadão.
Criança, para que se constitua em usuário da língua escrita.
As questões
postas apontam para preocupações do tipo: como a escola formará
leitores, sem livros, sem infra-estrutura, sem professores preparados
para tal tarefa?
Como sugestão
para essas e outras questões o ideal é que o professor centralize o seu
trabalho em atividades pedagógicas que façam uso de materiais didáticos e
muita criatividade, como recursos possíveis à superação das
dificuldades identificadas pelos professores da Educação Infantil.
A infância é um
mundo cheio de cores, onde cada criança traz consigo o impulso da
descoberta, da curiosidade e do querer aprender, inventam fantasias,
criam personagens, modificam a voz e transformam objetos e lugares. E
assim vão se descobrindo e atribuindo significado ao mundo que a cerca,
através do imaginativo, do exploratório e do inventivo mundo do faz de
conta que chamamos de lúdico.
Para contribuir
e tornar viável a utilização do material didático no processo de
aprendizagem para a Educação Infantil optou-se pela hora do conto,
criando fantoches e fantasias,etc, relacionados à literatura infantil.
Para focar resultados pedagógicos foi assim, como sempre acontece nos
contos de fadas que se elaborou o "Camarim Mágico".
O "Camarim
Mágico" que é mágico mesmo, pois transporta a todas as crianças e
adultos ao mundo dos contos de fadas, consiste de uma caixa bem grande,
do tamanho das próprias crianças dessa faixa etária, a caixa no formato
de um guarda-roupa, tem duas portas que se abrem ao meio.
Quando abertas,
as portas transportam as crianças ao mundo mágico do faz de conta, pois
é possível escolher e vestir-se com roupas e acessórios que habitam o
mundo encantado das histórias infantis, contos, fábulas, fadas, bruxas,
príncipes, princesas, fadas madrinhas, sapos, etc... Pendurados no
interior das duas grandes portas, onde é possível dar asas a imaginação e
incorporar ao personagem escolhido, máscaras, pulseiras, colares,
cintos, lenços, etc... Abre-se aos nossos olhos o mundo mágico que
existe somente no mundo encantado da infância. Uma vez aberto não se
fecha jamais, pois ficará para sempre na nossa memória, em um lugar
maravilhoso, de sonho e de fantasia, pedaço de nós mesmos quando
crianças.
O material
didático proporciona momentos nos quais as crianças podem compartilhar
com o grupo, idéias, criatividade e imaginação.
A brincadeira, o
brincar, o fazer de conta está relacionado com a ludicidade, a
aprendizagem, a afetividade, o respeito, a socialização e mais
importante que tudo, a maravilhosa arte de educar seres humanos.
Os professores
de educação infantil devem resgatar o lúdico das histórias infantis,
para desenvolver os saberes necessários à construção do conhecimento,
assim como mediar situações pedagógicas que viabilizem o respeito pelas
relações humanas, a socialização das crianças, a aprendizagem, a
delicadeza do viver no mundo e com o mundo.
Os seres bons,
generosos e leais precisam voltar a ocupar os sonhos infantis,
fortalecendo assim os conceitos necessários para se viver em sociedade,
mesmo porque, o homem, é um ser social.
Os cidadãos
crianças que têm acesso e direito à educação, constitui-se em
cidadãos-leitores e precisam que seus direitos sejam favorecidos pela
família, pela escola e pela sociedade.
O respeito pela
infância deve ser preservado, e para começar investindo-se nos momentos
de leitura e de contato com os livros. Trata-se de investir no futuro.
A hora do conto
deve ser aproveitada de forma criativa e com dinâmicas variadas,
compatíveis à faixa etária das crianças, onde atividades pedagógicas
enfoquem: fantoches, cenários, fantasias, leituras de gravuras,
histórias sem textos, leitura apenas do início e do meio permitindo que
as crianças imaginem e levantem hipóteses sobre o final da história,
dobraduras, escrita das palavras estáveis do texto, ilustrações feitas
pelas crianças, músicas, etc.
Existe uma
infinidade de possibilidades para se trabalhar com os contos e fábulas.
No entanto é importante que o professor seja competente e conheça
profundamente a historia que irá ler e seja capaz de sensibilizar as
crianças em relação ao texto.
O ato de ler
está relacionado com os movimentos corporais, com a imposição da voz e
as e as mudanças de fisionomia de quem lê. É preciso ler pausadamente,
com entusiasmo e mostrar cuidado com o livro, (isso mostra respeito).
O professor
deve ficar atento as reações que a história infantil causa nas crianças,
pois se constituem em fonte de conhecimento que auxiliará a compreender
melhor as opiniões e sentimentos de cada criança, em relação aos
diversos textos apresentados.
A literatura
infantil é forte aliada no processo de aprendizagem e no desenvolvimento
cultural e artístico das crianças, mas professores as mudanças de
fisionomia de quem lê. É preciso ler pausadamente, com entusiasmo e
mostrar cuidado com o livro, (isso mostra respeito).
O professor
deve ficar atento as reações que a história infantil causa nas crianças,
pois constituem-se em fonte de conhecimento que auxiliará acompreender
melhor as opiniões e sentimentos de cada criança, em relação aos
diversos textos apresentados.
A literatura
infantil é forte aliada no processo de aprendizagem e no desenvolvimento
cultural e artístico das crianças, mas professores alfabetizadores
devem ser também profissionais competentes como contadores de histórias.
Segundo
Meireles (1984) "Que sem lucidez não se pensa bem a educação". Sem
objetividade não se constrói em educação.Mas sem beleza não tem a
educação nenhum propósito.
Mudar a condição social e intelectual da população vai além das novas tecnologias, da influência da mídia, etc.
Esta mudança é
para o futuro e com certeza passa pelo incentivo ao respeito e reflexão,
que os adultos devem cultivar nas crianças, e a educação infantil é um
ponto de partida rumo a formação de cidadãos-leitores, mas se faz
necessário à parceria com professores (as) alfabetizadores (as)
competentes e comprometidos com a educação democrática e de qualidade
para a maioria da população brasileira.
PROJETO LITERATURA INFANTIL DONA BARATINHA (PLANO DE AULA)
Faixa Etária: 03 a 06 anos.
Público: Educação Infantil.
Aplicação: em duas aulas
Referencial Nacional da Educação Infantil: Eixo " Aquisição da Escrita e Leitura".
Justificativa
O sucesso na
alfabetização e no letramento depende da criação de um "Ambiente
Alfabetizador", produzindo estímulos que provoquem nos alunos atos de
leitura e de escrita, permitindo-lhes compreender o funcionamento da
língua escrita e a apropriação de seu uso social.
Nesse contexto, histórias como a da "Dona Baratinha", é um excelente recurso pedagógico, tornando o processo ensino-aprendizagem mais prazeroso e motivador.
Objetivo Geral
A proposta
pedagógica que objetiva inserir as crianças da Educação Infantil como
usuários correntes da língua escrita passa pela inserção no mundo
letrado, cabendo aos adultos, professores e profissionais da educação
infantil, serem referência de leitores e escritores, usuários
competentes da língua escrita.
Proporcionar a
criança, através da leitura de histórias, o seu envolvimento com o
enredo e personagens, estabelecendo uma relação com os textos,
predispondo-se à alfabetização e ao letramento.
Desenvolvimento
No dia em que anteceder a "Hora da História", em que foram contadas as aventuras da Dona Baratinha, criaremos um clima de suspense. E escreveremos no quadro os seguintes dizeres: QUEM SERÁ QUE VAI CHEGAR AMANHÃ?
Ao final da aula desse dia, colocaremos as crianças em círculo, e conversaremos com os alunos estimulando a curiosidade deles:
- Amanhã vou contar uma história sobre um inseto muito pequeno.
- Que história será essa?
- O que será que vai acontecer?
Para todas
estas perguntas, iremos obter as mais variadas respostas citadas pelos
alunos e anotaremos para comprovação no dia seguinte.
No dia seguinte, na "Hora da História". Apresentaremos uma caixa-surpresa, contendo o personagem da Dona Baratinha e apresentaremos as crianças.
Continuaremos perguntando:
- E o que mais terá dentro da caixa?
Mostraremos o primeiro e o segundo mini-cartaz da história levantando o conhecimento dos alunos sobre a história:
- Onde mora Dona Baratinha?
- O que ela achou?
Continuaremos contando a história, com entonação, ritmo e fidelidade ao texto.
Cujo objetivo é envolvê-las, mantendo-as motivadas e curiosas para ouvir a história até o final.
Após contar toda a história, será sugerido as crianças que façam as seguintes atividades relacionadas com a história da Dona Baratinha:
·Reescrita da história, ilustrando-a com desenhos;
·Criação dos bichos divertidos;
·Confecção dos personagens: Dona Baratinha e o Senhor Ratinho;
·Construção da mobília da Dona Baratinha;
·Montagem da casinha, com as mobílias da Dona Baratinha, num canto da sala para as crianças brincarem;
·Desenhar os filhos da Dona Baratinha, claro se ela os tiver.AVALIAÇÃO
De ser constante e individual: Observação se os alunos constroem os seus próprios repertórios na linguagem, escrita e leitura. APRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA "A DONA BARATINHA"
Dentre a miscelânea de contos infantis, optamos em trabalhar com uma representação teatral do "Conto a Dona Baratinha",
cujo objetivo é o resgate do repertório de estórias folclóricas e
populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de
geração em geração, através dos familiares das crianças a elas, e
incentivar o hábito de ouvir, e re-contar, através da rememoração, pois a
arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da
repetição. Autoria da história "Conto a Dona Baratinha"
(autor desconhecido).O grupo é composto por 06 membros, cuja
distribuição é: uma narradora que fará as falas dos personagens e o
restante do grupo representará os personagens em forma de mímicas.A
narração do conto infantil será apresentado em 30 minutos.
Considerações Finais
Não há
necessidade de esperar pela alfabetização formal para que as crianças se
envolvam com a leitura de histórias infantis e a produção de textos.
Entretanto,
para que elas se tornem efetivamente leitoras e autoras dos próprios
textos, faz-se necessário que, em algum momento do processo de
alfabetização, tenham não somente adquirido conhecimentos específicos do
código alfabético, mas também e, sobretudo dos aspectos
lingüístico-discursivos em que ele se insere.
Afinal,
parafraseando Smolka (1993): "Não se 'ensina' ou não se 'aprende'
simplesmente a ler e a escrever. "Aprende-se uma forma de linguagem, uma
forma de interação, uma atividade, um trabalho simbólico."
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BECHARA,
Evanildo. História e estória. In: MELO, Gladstone Chaves de;
RODRIGUES,Antônio Basílio; BECHARA, Evanildo; FREITAS, Horácio Rolim de;
CARVALHO E SILVA, Maximiano de (orgs.). Na ponta da língua 3. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985.
CARRAHER ,T.N. (org.). Aprender pensando. Petrópolis, Vozes, 1986.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
CONTINI, J. "A concepção do sistema alfabético por crianças em idade pré-escolar". In: KATO, M.A. (org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas, Pontes, 1988.
FERREIRO, E. e TEBEROSKY, A. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985
KATO, M.A.; MOREIRA, N. e TARALLO, F. Estudos em alfabetização. Campinas, Edusf/Pontes, 1997.
KHÉDE, Sonia Salomão. Os personagens dos contos tradicionais.In: Personagens da literatura infanto- juvenil. São Paulo: Ática, 1990.
LACAN, Jacques. O seminário. Editora Zarar, 1994.
LOBATO, Monteiro. Serões de Dona Benta.Editora Brasiliense, 1959.
MAYRINK-SABINSON, M.L.T. "Um evento singular". In: ABAURRE M.B.M. Cenas de aquisição da escrita. Campinas, ABL/Mercado das Letras, 1995.
MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. Ed. Nova Fronteira, 1984.
MINISTÉRIO da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. "Introdução". Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, v.1, MED/SEF, 1998.
OLIVEIRA, Ieda de, O Contrato de Comunicação da Literatura Infantil e Juvenil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
REGO, L.L.B. Literatura infantil: uma nova perspectiva da alfabetização na pré-escola. São Paulo, FTD, 1990
SMOLKA, A.L.B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo, Cortez, 1993.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de; CAVALLETE, Floriana Toscano. Português para o ensino médio: língua, literatura e produção de textos. São Paulo: SCIPIONE,2002.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. Trad. Jeferson Luiz Camargo. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
__________ .Formação social da mente. Trad. José Cipolla Neto et alii. São Paulo, Martins Fontes, 1991PROJETO INTERDISCIPLINAR: OS CONTOS INFANTIS COMO ESTRATÉGIA PARA TRABALHAR LIMITES E DISCIPLINA NA SALA DE AULA
RESUMO
Dar
limites às crianças na Educação Infantil é iniciar o processo de
compreensão e apreensão do outro, ninguém pode respeitar seus
semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui
compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida.
Começando então a combater a indisciplina o professor nas aulas da
Educação Infantil constrói conhecimentos, firma habilidades, estrutura
significações, desperta potencialidades, assim também estabelece
limites.
O
projeto “os contos infantis como estratégia para trabalhar limites e
disciplina na sala de aula” pretende propiciar ao aluno a concepção de
limites, envolvendo os alunos no contato com regras de convivência
envolvendo alunos da Educação Infantil pré – I e Pré- II (Crianças de 4 a 5
anos de idade), professores, gestores trabalhando a
interdisciplinaridade com base em atividades previstas acontecerão nos
horários específicos das disciplinas abordadas no projeto nos meses de
Maio e Junho e Julho onde serão abordados através de contos infantis a
necessidade de impor limites para alunos da educação Infantil e a
imposição de regras na sala de aula.
Muitas das vezes a falta de limites esta na família, mas sempre reflete
na sala de aula e dificulta o trabalho do professor. E considerando que
o conceito de família é complexo e varia de acordo com as culturas,
neste estudo o termo utilizado refere-se a família nuclear caracterizada
pelo pai, mãe ou responsável e filho (MACGOLDRICK, 1995; CARVALHO,
2003). Ou seja, sempre que se referir a “pais” está subtendido que são
os responsáveis pela criança.
Esperamos que, nesse momento social em que a mudança de comportamento é
visível, este material possa auxiliar para suas reflexões e contribuir
para o repensar da disciplina junto aos grupos com os quais convive e
desenvolve sua ação profissional.
Sabemos que não temos a solução pronta e acabada, mas através dos
resultados apresentados durante execução deste projeto, esperamos
contribuir para uma mudança positiva na sala de aula com respeito ao
comportamento infantil, além de fazer uma reflexão sobre os métodos e
ensino que serão usados durante exercício da profissão como pedagogo e
em como trabalhar a interdisciplinaridade.
1 JUSTIFICATIVA
A falta de limites está sempre ligada à indisciplina. E caso os
professores ou pais não imponham limites pode provocar na criança a
sensação de abandono. Isso pode ocorrer pela falta de orientação e
controle dos professores sobre o que pode ou não fazer e a ilusão de que
pode fazer e ter o que quiser. É importante para ela que a concepção de
limites seja imposta em sala de aula, pois, com isso, se sente segura,
além de facilitar o ensino aprendizagem. É
fundamental para a boa educação das crianças, que os professores
acreditem no estabelecimento dos limites como um processo de compreensão
e apreensão do outro através do respeito, pois, fazendo com que o aluno
compreenda que não deve ultrapassar os limites que o professor tenha
estabelecido para si, nem satisfazer somente aos próprios desejos sem
pensar nos direitos do outro.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Propiciar ao aluno a concepção de limites, envolvendo os alunos o contato com regras de convivência.
2.2 ESPECÍFICOS
· Estimular
a obediência aos pais, professores e/ou responsáveis, ensinando
princípios Éticos como: moral, valores e ensinamentos contidos nos
contos.
· Revelar
que as restrições podem representar desafios divertidos, possibilitando
a adequação a limites, a cooperação e a competição, através do emprego
do bom senso e algumas regras para estabelecer limites na educação
infantil.
· Resgatar,
vivenciar e valorizar a boa convivência em sala de aula, trabalhando
raciocínio e a lógica por meio dos contos, desenvolvendo a percepção
visual através da exposição da caixa de histórias, da identificação das
cores, letras do alfabeto, ampliação do vocabulário, números naturais,
desenvolvimento de quantidade.
3 PÚBLICO ALVO
Alunos da Educação Infantil pré – I e Pré- II (Crianças de 4 a 5 anos de idade), professores, gestores.
4 DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Ciências naturais, arte, Português, Matemática, Temas transversais: ética, pluralidade cultural.
5 DURAÇÃO/cronograma
As atividades previstas acontecerão nos horários específicos das
disciplinas abordadas no projeto nos meses de Maio e Junho e Julho.
AÇÕES/ATIVIDADES
|
MESES
|
DATA
|
HORA
| ||
Maio
|
Junho
|
Julho
| |||
Grupo de Estudo/Escolha do tema
|
X
|
20/05/2012
|
3 horas
| ||
Levantamento bibliográfico
|
X
|
25/05/2012
|
2 horas
| ||
Escolha do conto
|
X
|
15/06/2012
|
2 horas
| ||
Correção online do projeto
|
X
|
07/05/2012
|
30 minutos
| ||
Apresentação em sala
|
X
|
14/05/2012
|
20 minutos
| ||
Escolha das atividades
|
X
|
X
|
20/06/2012
|
3 horas
| |
Execução da 1ª fase projeto na escola
|
X
|
11/07/2012
|
4 horas
| ||
Execução da 2ª fase projeto na escola
|
X
|
18/07/2012
|
4 horas
| ||
Execução da 1ª fase projeto na escola
|
X
|
25/07/2012
|
4 horas
|
Quadro 1. Representação do cronograma de execução da elaboração do projeto Autor: Valdineia Barreto
6 CONTEÚDOS
Regras e limites - Números naturais - As vogais – Desenho – Pintura - Formas geométricas – Ética.
7 METODOLOGIA
O
Projeto será desenvolvido seguindo as seguintes etapas. A 1ª Etapa:
Escolha do tema, pesquisa bibliográfica/levantamento prévio e elaboração
do Projeto; (Planejamento). 2ª Etapa: Sensibilização e apresentação do
Projeto em sala de aula. 3ª Escolha dos contos infantis a serem
utilizados. 4ª Confecção da caixa de histórias. 5ª Etapa: Execução do
Projeto. 6ª Avaliação do desempenho dos alunos.
DATA
|
CONTO
|
DISCIPLINAS
|
ATIVIDADES
|
DURAÇÃO
|
11
Julho
2012
|
Cachinhos dourado e os três ursos.
|
· Matemática.
· Arte.
· Geografia.
· Ciências naturais.
· Temas transversais: ética
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Roda de conversa.
|
3h/30m
|
18
Julho
2012
|
A lebre e a tartaruga
|
· Matemática.
· Estudos sociais.
· Português
· Arte.
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Discussão em grupo. Dinâmica.
|
4h
|
25
Julho
2012
|
A formiginha preguiçosa
|
· Português
· Estudos sociais.
· Ciências naturais.
· Temas transversais. Ética, Pluralidade cultural, musicalidade.
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Discussão em dupla.
|
3h/40m
|
Quadro 2. Representação do cronograma de atividades Autor: Valdineia Barreto
8 ABORDAGEM
Este Projeto aborda a necessidade de impor limites para alunos da
educação Infantil e a imposição de regras na sala de aula.
9 ESTRATÉGIAS
· Expor através dos contos infantis as consequências de um mau comportamento.
· Conversar sobre a importância de obedecer à professora, aos pais e/ou responsáveis.
· Trabalhar a memorização da criança e reconhecimento de algumas regras de convivência.
· Discutir a importância de fazer somente o que é certo e o que é errado.
· Mostrar que não se pode ter tudo ou fazer o que quiser.
10 RECURSOS
RECURSOS GERAIS DO PROJETO
| |||
Humanos
|
Materiais de consumo
|
Físicos
|
Financeiro
|
Professores;
Alunos;
Inspetor de pátio;
|
Caixa
de histórias em material: papelão, E.V.A papel sulfilte, atividades:
desenho impresso, lápis de cor, giz de cera, lápis, borracha. DVD, TV.
|
Sala de aula.
Quadro
Pátio da escola
Quadro
|
E.V.A;
Papel sulfilte;
Atividades impressas;
Cd e DVD de músicas infantis;
|
Quadro 3. Representação dos recursos gerais do projeto Autor: Valdineia Barreto
Ler ou contar
histórias para crianças é poder rir, sorrir, gargalhar, imaginar,
sonhar, vivenciar e aprender… Lembrando que a grande magia desse momento
é a interação entre pais (cuidadores) e filhos, um momento de troca e
de carinho. Momentos esses hoje diante da correia do dia-a-dia quase
esquecidos.
Uma história
leva a criança muitas aprendizagens: estimula auto-conhecimento,
imaginação e criatividade; desenvolve o poder da observação; amplia, dá
sentido e enriquece as experiências; ajuda a abordar as experiências
vividas por si e pelo outro; propicia melhora nas relações interpessoais
e elaboração intrapsíquica; estabelece uma ligação interna entre o
mundo da fantasia e o da realidade; desenvolve a capacidade de dar
seqüência lógica aos fatos e o sentido da ordem; esclarece o pensamento;
auxilia na reflexão sobre novas alternativas de ações ou soluções;
proporciona novas possibilidades educacionais e terapêuticas; desenvolve
aspectos cognitivos, emocionais e relacionais; propicia identificação
com personagens que funcionam como modelo de comportamento pró-social e
sensibiliza a autoconsciência e melhor administração de emoções; educa a
atenção; desenvolve o gosto artístico e literário; fixa e amplia o
vocabulário; estimula o interesse pela leitura; desenvolve a linguagem
oral e escrita. Alguns autores acrescentam ainda que a história infantil
possibilita a expressão de sentimentos e auxilia no desenvolvimento de
habilidades de comunicação, interação, enfrentamento, assertividade e
empatia.
Diante
de todas essas possibilidades de aprendizagem e troca que a contação de
história permite, não se pode perder mais nem um minuto e devemos
incluir a contação de história na rotina diária da família.
Conforme se
pode observar, o contar histórias é muito importante na criação de
imagens e de mundos. Nossa opção pelo conto de fadas explica-se por sua
tendência ao fantástico, ao maravilhoso, ao simbólico numa tentativa de
amenizar o panorama de violência da realidade atual. Os escritos de
Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças
histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à
educação das crianças. Na Antigüidade, Apuleio, um escritor e filósofo
do século II d.C., escreveu um conto de fadas Amor e Psyche , uma
história como A Bela e a Fera. Esse conto tem o mesmo padrão dos que se
podem ainda encontrar, hoje em dia, na Noruega, na Suécia, na Rússia e
em muitos outros países. Pode-se concluir que este tipo de conto de
fadas (da mulher que redime seu amado da forma animal) existe
praticamente inalterado há 2.000 anos. Mas há uma informação mais
antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas colunas e
papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois irmãos, Anúbis e
Bata. Nossas tradições escritas data aproximadamente de 3.000 anos e os
temas básicos não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas
principais desses contos se reportam há 25.000 anos a.C., ainda assim,
mantendo-se praticamente inalterados.
A HISTÓRIA DA ESTÓRIA
Dentre a miscelânea de contos infantis, optamos em trabalhar com uma representação teatral do "Conto a Dona Baratinha",
cujo objetivo é o resgate do repertório de estórias folclóricas e
populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de
geração em geração, através dos familiares das crianças a elas, e
incentivar o hábito de ouvir, e re-contar, através da rememoração, pois a
arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da
repetição. Autoria da história "Conto a Dona Baratinha" (autor desconhecido).
BECHARA (2001) "
A repetição que, desde os tempos remotos, tem garantido a preservação
do vivido e do contado, das experiências coletivas e individuais, da
cultura dos povos".
Isso porque
narrar estórias às crianças é de certa forma imprimir marcas do texto no
próprio ouvinte: marcas da cultura de seu grupo, marca de outros grupos
distantes, marcas nem sabemos quais. "Nosso desafio: livrar-nos do
esquecimento que apaga nossos traços e nossos feitos."
O Conto a Dona
Baratinha é história de forma narrativa. O conto é uma narrativa mais
curta, mas isso não quer dizer que seja mais simples do que os outros
tipos.
Tem como característica central condensar conflito, tempo, espaço e reduzir o número de personagens.
Trata-se de um
gênero muito apreciado por autores e leitores, ainda que tenha adquirido
características diferentes, como, por exemplo, deixar de lado a
intenção moralizante e adotar o fantástico ou o psicológico para
elaborar o enredo.
Pode abordar
qualquer tipo de tema na construção de um mundo particular: Entendo que
para contar é necessário primeiramente construir um mundo, o mais
mobiliado possível, até os últimos pormenores.
Constrói-se um
rio, duas margens, e na margem esquerda coloca-se um pescador, e esse
pescador possui um temperamento agressivo e uma folha penal pouco limpa,
pronto: pode-se começar a escrever, traduzindo em palavras o que não
pode deixar de acontecer. (ECO apud TERRA, NICOLA & CAVALLETE, 2002:
552).
Conforme se
pode observar, o contar histórias é muito importante na criação de
imagens e de mundos. Nossa opção pelo conto de fadas explica-se por sua
tendência ao fantástico, ao maravilhoso, ao simbólico numa tentativa de
amenizar o panorama de violência da realidade atual.
Os escritos de
Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças
histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à
educação das crianças.
Na Antigüidade,
Apuleio, um escritor e filósofo do século II d.C., escreveu um conto de
fadas "Amor e Psyche", uma história como A Bela e a Fera.
Esse conto tem o
mesmo padrão dos que se podem ainda encontrar, hoje em dia, na Noruega,
na Suécia, na Rússia e em muitos outros países.
Pode-se
concluir que este tipo de conto de fadas (da mulher que redime seu amado
da forma animal) existe praticamente inalterado há 2.000 anos.
Mas há uma
informação mais antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas
colunas e papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois
irmãos, Anúbis e Bata.
Nossas
tradições escritas data aproximadamente de 3.000 anos e os temas básicos
não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas principais
desses contos se reportam há 25.000 anos a.C., ainda assim, mantendo-se
praticamente inalterados.
Podemos dizer,
com Khéde (1990: 16) "que os contos de fadas atualizam ou reinterpretam,
em suas variantes, questões universais como os conflitos do poder e a
formação dos valores, misturando fantasia e realidade no clima do 'Era
uma vez...'".
Os contos de
fadas têm suas raízes em fontes diversas. De acordo com Coelho (2000:
175), segundo o registro mítico-literário, Os primeiros contos de fadas
teriam surgido entre os celtas, povos bárbaros que, submetidos pelos
romanos (séc. II a.C./séc. I da era cristã), se fixaram principalmente
nas Gálias, Ilhas Britânicas e Irlanda. A essa herança céltica, é
atribuído o fundo maravilhoso, de estranha fantasia, imaginação e
encantamento que caracteriza as novelas de cavalaria do ciclo do bretão
(ciclo do Rei Artur e seus Cavaleiros da Távola Redonda e sua Dama
Ginevra).
Foi, pois, nas
novelas de cavalaria que as fadas teriam surgido como personagens,
representando forças psíquicas ou metafísicas. Os contos de fadas têm,
portanto, como ponto de partida um encantamento, uma metamorfose, que
levam à aventura da busca.
Esses contos
surgiram como poemas que relatavam amores estranhos, eternos,
essencialmente idealistas e ligados aos valores eternos do ser humano e
aos valores espirituais.
Sensorial mais plena vai se contrapor ao espiritualismo gerado pela imaginação sonhadora de celtas e bretões (COELHO, 1987:15).
Desde o século
XVII, conheciam-se os contos de fadas, os contos de magia e
fantasmagoria, contos e narrativas para pequenos e grandes.
O conto, porém
só adotou o sentido de forma literária quando os irmãos Grimm deram a
uma coletânea de narrativas, publicada em 1812 o título Contos para
Crianças e Famílias.
Foi, então, a
coletânea dos irmãos Grimm que reuniu toda essa diversidade num conceito
unificado e que passou a ser à base de todas as coletâneas ulteriores
do século XIX. Os irmãos Grimm são, pois, responsáveis pelas pesquisas
sobre o conto que até hoje continuam sendo realizadas. Para os irmãos
Grimm, no entanto, as verdadeiras coletâneas de contos começaram no fim
do século XVII com Charles Perrault, que apresenta os seus contos como
se tivessem sido contados por uma velha ama a seu filho.
Os contos de
Perrault entram na categoria dos Contos para Crianças e Famílias, de
Grimm. Pouco depois da publicação dos contos de Perrault, narrativas do
mesmo gênero inundaram a França e o resto da Europa. Esse gênero dominou
toda a literatura do começo do século XVIII, substituindo a narrativa
do século XVII, o romance e o que restava de novela.
A quantidade de
contos é incalculável e, entre 1704 e 1708, surge à narrativa oriental
com a primeira tradução das Mil e Uma Noites.
A coleção dos
contos de fadas dos irmãos Grimm tem atravessado os séculos com sucesso,
brotando edições em todo canto. Em diversos países, pessoas começaram a
colecionar histórias e contos de fadas nacionais, repetindo-se o número
enorme de temas.
Ainda no século
XVIII, em decorrência de um interesse histórico e científico, houve uma
tentativa de se responder à questão do porquê de tantos temas
repetitivos. Visto não haver nessa época hipótese alguma sobre um
inconsciente coletivo, ou sobre uma estrutura comum da psique humana,
procurou-se descobrir a origem dos contos de fadas, quando teriam
surgido.
É praticamente
impossível determinar se teriam se originado somente em um país, ou se
diferentes contos poderiam provir de diferentes países. Há afirmação de
alguns autores de que a versão melhor, mais rica, mais poética e melhor
expressa seria a original, sendo todas as outras derivações.
Mas isso não
parece verdadeiro, pois o fato de os contos de fadas serem manuseados
não significa necessariamente a sua degeneração, podendo até mesmo virem
a ser enriquecidos.
Jacob Grimm não
se apropriou do conto como se apresentava na literatura, ele foi
diretamente ao povo e descobriu o verdadeiro conto como forma simples.
Segundo Coelho
(2000: 164-165), são consideradas, formas simples determinadas
narrativas que, há milênios, surgiram anonimamente e passaram a circular
entre os povos da Antiguidade, transformando-se com o tempo no que hoje
conhecemos como tradição popular.
De terra em
terra, de região a região, foram sendo levados por contadores de
histórias, peregrinos, viajantes, povos emigrantes, etc., até que
acabaram por ser absorvidas por diferentes povos e, atualmente,
representam fator comum entre as diferentes tradições folclóricas. As
formas simples são as que resultam de criação espontânea, não-elaborada
(diferentes, por exemplo, dos romances medievais, que apresentam uma
forma artisticamente elaborada).
Devido à sua
simplicidade acabaram sendo assimiladas pela literatura infantil, via
tradição popular. Exemplos de formas simples: fábula, mito, lenda, conto
maravilhoso, conto de fadas etc.
O conto de
fadas é, portanto, considerado uma narrativa "de formas simples". No
entanto, apesar disso, o ponto mais importante no conto é a sua
pluralidade, devido à sua transformação e à sua mobilidade.
É comum
ouvirmos que cada um pode contar um conto com suas próprias palavras,
mas é preciso um certo cuidado ao contá-lo, pois não se pode modificar o
que lhe é prioritário.
Quando uma
forma simples é atualizada, ela pode ser fixada, tornando-se, assim, uma
forma artística, ganhando solidez e unicidade, mas perdendo em
mobilidade e pluralidade.
O conto apresenta uma infinidade de fatos diversos ligados pela maneira de representar algo.
Os fatos, como
são encontrados no conto, só podem ser nele realizados. "Pode-se aplicar
o universo ao conto e não o conto ao universo".
HISTÓRIAS INFANTIS E AQUISIÇÃO DE ESCRITA
Segundo o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Documento
Introdutório, "as instituições de educação infantil (pré-escolas)
cumprem hoje, mais do que nunca, um objetivo primordial na formação de
crianças que estejam aptas para viver em uma sociedade plural,
democrática e em constante mudança (...) Ela deve intervir com
intencionalidade educativa de modo eficiente visando a possibilitar uma
aprendizagem significativa e favorecer um desenvolvimento pleno, de
forma a tornar essas crianças cidadãs numa sociedade democrática"
(MED/SEF, 1998).
Um dos desafios
a enfrentar hoje na educação infantil é o de conseguir adaptar uma
prática pedagógica voltada para atender às necessidades da criança, que,
como será visto, já está vivendo os processos envolvidos na aquisição
da linguagem escrita, em todos os seus aspectos. Especificamente em
relação à alfabetização, o objetivo a ser alcançado não é mais o de
"preparação", desenvolvimento de prontidões para o ensino fundamental,
como se acreditava até então. Atualmente, a alfabetização deixou de ser
encarada como um momento estanque e passou a ser compreendida como um
processo, no qual a pré-escola (educação infantil) tem papel ativo e
constitutivo. Portanto, torna-se necessário estimular cada vez mais o
interesse da criança para que, embora carregado de significados, o
aprendizado não se perca no curso do tempo. A criança aprende se
desenvolvendo e se desenvolve aprendendo.
Ao relacionar
os aspectos envolvidos na aquisição da escrita com a relevância de
oportunidades que a prática de leitura de histórias infantis pode
oferecer, pretende-se expor algumas sugestões práticas que podem ser
desenvolvidas no ambiente escolar, de forma a atenuar as respostas para
esse desafio.
Em uma
sociedade que tem somente 6% de crianças na faixa etária de 0 a 6 anos
freqüentando as instituições de educação infantil, das quais 37% são
provenientes de famílias com renda superior a cinco salários mínimos, a
preocupação com a qualidade do ensino oferecido a essas crianças, em
especial na rede pública, poderia parecer secundária, já que não foi
possível ainda sequer atingir uma camada significativa da população
brasileira que,a partir da Constituição de 1988, adquiriu direito legal à
educação em creches e pré-escolas.
Felizmente, a
publicação nos últimos anos de diversos estudos vem permitindo que se
discuta qual é o papel da educação infantil no processo de aprendizado
da criança, e também qual seria a melhor maneira de fazer valer esse
papel em nossa sociedade. Numa cultura ágrafa, essas preocupações não
teriam tanto sentido, mas nossas crianças, especialmente as oriundas de
classes mais baixas, estão inseridas em uma sociedade letrada que, além
das desigualdades e injustiças a que as submete, discrimina quem não é
alfabetizado, considerando-o inferior. Portanto, apropriar-se da
linguagem escrita pode oferecer futuramente a essas crianças maiores
possibilidades de inserção social e conquista de autonomia.
Segundo
Vygotsky (1991:133), "ensinar a escrita nos anos pré-escolares impõe
necessariamente que a escrita seja relevante à vida (...) que as letras
se tornem elementos da vida das crianças, da mesma maneira como, por
exemplo, a fala. Da mesma forma que as crianças aprendem a falar, elas
podem muito bem aprender a ler e a escrever".
O PAPEL DA LITERATURA INFANTIL
NA FASE INICIAL DA ESCRITA
Contar
histórias a uma criança pequena é uma atividade bastante corriqueira,
nas mais diversas culturas do mundo e em várias situações, tanto no
âmbito familiar como no escolar. Como se sabe, essa prática vem se
reproduzindo através dos tempos de maneira quase intuitiva. Contudo,
alguns estudos já demonstraram o importante papel que as histórias
desempenham nos processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem
humana.
As histórias
infantis são utilizadas geralmente pelos adultos interlocutores (sejam
pais, professores ou terapeutas) como forma de entretenimento ou
distração; já que, pelo senso comum, freqüentemente a criança sempre
demonstra um interesse especial por elas, seja qual for a classe social à
qual pertença.
Especificamente
em se tratando da aquisição da leitura e da escrita, essas histórias
podem oferecer muito mais do que o universo ficcional que desvelam e a
importância cultural que carregam como transmissoras de valores sociais.
Existe uma acentuada diferença entre as histórias contadas e as
histórias lidas para uma criança, já que a linguagem se reveste de
qualidade estética quando escrita, e essa diferença já pode ser
percebida por ela. Kato (1997:41) já afirmava que, "ao ouvir histórias, a
criança vai construindo seu conhecimento da linguagem escrita, que não
se limita ao conhecimento das marcas gráficas a produzir ou a
interpretar, mas envolve gênero,estrutura textual, funções, formas e
recursos lingüísticos.
Ouvindo
histórias, a criança aprende pela experiência a satisfação que uma
história provoca; aprende a estrutura da história, passando a ter
consideração pela unidade e seqüência do texto; associações
convencionais que dirigem as nossas expectativas ao ouvir histórias; o
papel esperado de um lobo, de um leão, de uma raposa, de um príncipe;
delimitadores iniciais e finais ('era uma vez... e viveram felizes para
sempre') e estruturas lingüísticas mais elaboradas, típicas da linguagem
literária. "Aprende pela experiência o som de um texto escrito lido em
voz alta".
Essa forma de
contato com a linguagem escrita, por outro lado, também oferece, ainda
que subliminarmente, informações sobre um dos papéis funcionais que ela
pode desempenhar dentro da comunicação. Do ponto de vista psicológico,
podemos refletir sobre o impacto e a fascinação que as histórias exercem
sobre a criança, de qualquer raça, faixa etária ou inserção social,
tanto normal quanto portadora de algum distúrbio (de origem física,
psíquica ou funcional). As histórias são um denominador comum a todas as
crianças. Assim, para que uma história realmente prenda a atenção da
criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas, para
enriquecer sua vida, deve estimular sua imaginação, ajudando-a em seu
desenvolvimento intelectual, propiciando-lhe mais clareza em seu
universo afetivo, auxiliando-a a reconhecer, mesmo de forma
inconsciente, alguns de seus problemas e oferecendo-lhe perspectivas de
soluções, mesmo provisórias.
Muito mais do
que um adulto, a criança vive as experiências do tempo presente, e
possui apenas vagas noções do futuro, mesmo assim de caráter imediato.
Portanto, suas ansiedades frente a eventuais problemas e angústias do
cotidiano são supostamente bastante profundas, e é justamente no
enriquecimento de seus recursos internos para enfrentá-las que as
histórias infantis são um benefício.
"É exatamente a
mensagem que os contos de fada transmitem à criança de forma múltipla:
que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte
intrínseca da existência humana mas que, se a pessoa não se intimida
mas se defronta de modo firme com as opressões inesperadas e muitas
vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos, e ao fim emergirá
vitoriosa"
(Bettelheim,
1985). Segundo o autor, que elegeu especialmente os contos de fada e
suas relações benéficas para o desenvolvimento psíquico da criança como
objeto de seus estudos, a maioria das histórias tem seu enredo
desenvolvido baseando-se na equação: estabilidade + problema + solução =
estabilidade, e trabalha assim uma série de ansiedades da criança.
Especialmente os contos de fada que tratam de assuntos existenciais,
como morte de progenitores, perigos, o mal e o bem, etc.
Eles colocam
dilemas existenciais de forma simples e categórica, o que possibilita à
criança experienciar o problema de forma mais essencial e trabalhar suas
angústias com mais nitidez. Ele ainda coloca que, "aplicando o modelo
psicanalítico da personalidade humana, os contos de fada transmitem
importantes mensagens à mente consciente, à pré-consciente e à
inconsciente, em qualquer nível que esteja funcionando no momento.
Lidando com
problemas humanos universais, particularmente os que preocupam o
pensamento da criança, estas histórias falam ao ego em germinação e
encorajam seu desenvolvimento, enquanto ao mesmo tempo aliviam as
pressões pré-conscientes e inconscientes.
"À medida que
as histórias se desenrolam, dão validade e corpo às pressões do id,
mostrando caminhos para satisfazê-las que estão de acordo com as
requisições do ego e do superego" (Bettelheim, 1985).
Tratando também
dessa dimensão, segundo OLIVEIRA (1993:18), todos nós necessitamos de
uma área de ilusão paralela ao mundo real (ou das trocas sociais).
Esse espaço
interno é responsável pela transição entre o consciente e o
inconsciente, movimento que garante o equilíbrio do indivíduo.
Por suas
atividades diárias, a criança tem contato com o real, com os outros. Ao
mesmo tempo, sua imaginação se desenvolve, pois ela toma consciência de
seus limites, vive conflitos, experimenta emoções contraditórias e tem
muitas dúvidas que não consegue esclarecer.
Para tentar
resolvê-las e dominar suas angústias, impulsionada por sua curiosidade,
ela procura sonhar, imaginar. E, se conseguir canalizar esse mundo
imaginário em ações no mundo real, ela desenvolve a capacidade de
criação.
Os desenhos, as
narrativas, enfim, são maneiras de agir para dominar as emoções; as
explosões de sonhos e imagens são dirigidas então para a criação.
Portanto, a criança deve conseguir alimentar seu imaginário e
expressá-lo. Desenvolver a função simbólica por meio de textos, imagens e
sons é uma forma de sustentá-lo.
Especificamente
em relação à linguagem escrita, podemos pensar, portanto, que a
criança, mesmo antes de ler e escrever as primeiras letras, já participa
ativamente dos processos envolvidos nessa aquisição. Ela
percebe,analisa, formula suas hipóteses sobre a leitura e a escrita a
que está exposta em seu cotidiano. Seria, então, até inadequado imaginar
que uma criança em idade pré-escolar não tenha competência e condições
de apreender as diversas características da comunicação gráfica.
Segundo Contini
apud Kato (1988), uma criança exposta a um ambiente propício, ou seja,
material escrito e pessoas que o manuseiem, incluindo a própria criança,
já estaria apreendendo seus usos e funções como forma de comunicação
antes mesmo dos dois anos de idade.
Foram os
estudos sobre o que seria a psicogênese da linguagem escrita de Ferreiro
e Teberosky (1985) que lançaram uma nova luz sobre as tentativas de
descrever as etapas pelas quais a criança passa durante o processo da
aquisição. Segundo as autoras, a criança, durante o período de contato
com os sinais gráficos, vai evoluindo gradativamente. Essa evolução foi
caracterizada em quatro grandes níveis: pré-silábico, silábico,
silábico-alfabético e alfabético.
No nível
pré-silábico, observaram a presença de produções gráficas em que não
existe correspondência entre a grafia e o som. A criança nessa fase não
demonstra preocupação em diferenciar critérios para suas produções, que
se constroem a partir de traços idênticos, garatujas ou grafismos
primitivos. Não se percebe tampouco controle da quantidade de letras
utilizadas para representar o que se quer escrever. Portanto, a criança
não se utiliza de uma palavra escrita para simbolizar graficamente um
objeto.
Também é nessa
fase que se observam as ocorrências do realismo nominal, quando conforme
Carraher (1986) e Rego (1990), por exemplo, a criança usa muitas letras
para simbolizar objetos grandes e poucas para pequenos, demonstrando
assim sua hipótese na qual a representação gráfica de um objeto está
diretamente relacionada a um de seus atributos.
Já o nível
silábico se delimita quando a criança percebe que é possível representar
graficamente a linguagem oral. Ela faz então várias tentativas para
estabelecer uma relação entre a produção oral e a produção gráfica,
entre o som e a grafia. E começa, com essas tentativas, a relacionar o
que escreve com as sílabas das palavras faladas que deseja representar.
Entretanto, com seu conhecimento prévio sobre o material escrito,
utiliza-se de letras que podem não representar os respectivos sons. Ela
percebe nessa fase que pode escrever tudo o que deseja, mesmo que aquilo
que expressa graficamente não possa ser decifrado por outras pessoas.
Também nessa fase, pode aceitar relutante o fato de escrever palavras
menores com poucas letras ou ainda pode se usar, ao escrever uma frase,
uma letra somente para uma palavra inteira.
A criança
passa, então, a conviver com esses dois tipos de correspondência entre a
grafia e o som, adentrando assim no nível silábico-alfabético. E começa
também a experienciar um conflito, já que é capaz agora de perceber que
existe uma representação gráfica correspondente a cada som (percebe a
relação entre grafema e fonema).
Ela vai
reformulando sua hipótese anterior, silábica, que lhe parece
insuficiente, e vai alternando sua produção entre essa e a alfabética
propriamente dita.
Com suas
tentativas e reformulações, ela evolui para o nível alfabético, que se
estabelece mais firmemente sobre sua percepção da relação entre a grafia
e o som. Ela já consegue aceitar que a sílaba é composta de letras que
devem ser representadas distintamente, e se torna capaz de perceber
outras características da comunicação gráfica, tais como as diferenças
entre letras, sílabas, palavras e frases, ainda que ela falhe nessas
representações.
Vale a pena
ressaltar que, em seus estudos, Ferreiro e Teberosky (1985) encontraram
crianças que mostram uma seqüência de três níveis evolutivos; em outras,
uma seqüência apenas de dois níveis por exemplo, do pré-silábico ao
silábico, ou do pré-silábico ao silábico alfabético, saltando um nível;
ou ainda, em menor número,crianças que passam diretamente do nível
pré-silábico ao alfabético.
Para
Mayrink-Sabinson (1995), o trabalho desenvolvido por Ferreiro e
colaboradores é centrado em um sujeito considerado idealizado e
universal, e descreve as transformações efetuadas por ele. O sujeito age
sobre as informações que recebe do ambiente e produz a própria
linguagem por meio de esquemas assimilados previamente construídos,
deixando de lado uma explicitação teórica sobre o contexto, com o qual
os indivíduos agem continuamente e tem papel mediador e, portanto,
constitutivo, em todo o processo da aquisição da linguagem escrita. A
autora desenvolveu um estudo calcado em pesquisas sobre as relações
entre mãe e criança pré-escolar durante o processo de aquisição, no qual
enfoca o papel do interlocutor adulto letrado em suas interpretações
das produções gráficas do sujeito.
Essas
interpretações é que atribuem um significado para as produções da
criança suas representações gráficas (das garatujas às seqüências de
letras) , e assim o adulto passa também por transformações como
interlocutoras em seus modos de ação. A partir de então, sua fala sobre
as produções apresentadas pela criança também é retomada, modificada,
enriquecida e transformada por ela e o inverso também ocorre,
modificando assim a escrita da criança. O adulto passa a admitir em suas
conclusões que se forma nesse contexto uma verdadeira situação
dialógica durante o processo de aquisição da escrita, já que o
interlocutor e o sujeito vão progredindo e se transformando
reciprocamente.
Assim, podemos
dizer que a leitura e a escrita já não podem ser encaradas meramente
como atos de codificação e decodificação, de identificação de palavras,
ou até mesmo simplesmente como um processo envolvido com os movimentos
oculares e maturação neurofisiológica. Elas envolvem uma gama de outros
processos que propiciam a aquisição desse "novo" código pela criança,
mas que está inserida num contexto mais amplo de aquisições de linguagem
que perdura até a fase adulta. E é nesse sentido que aprender a ler e a
escrever implica a constante construção de significado dessas
atividades.
O CONTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
UMA PROPOSTA PEDAGOGICA
A observação de
crianças na Educação Infantil, durante o desenvolvimento de atividades
para o momento do conto de histórias infantis. A proposta pedagógica
para a atividade organizada para o professor da Educação Infantil,
quando reúne as crianças em círculo, para que todos possam participar e a
comunicação, verbal ou não possa ser garantida.
Uma vez
organizada a configuração do grupo deve se iniciar a leitura, sem que
haja uma preparação para este acontecimento. Feitas estas observações,
ideal elaborar um questionário informal (anexo) com questões objetivas,
relacionadas à hora do conto.
Neste material
privilegia-se a preparação da atividade e interesse dos professores e
das crianças, o que possibilitou organizar os conhecimentos que os
professores tem referente à atividade pedagógica, que envolve o momento
do conto.
A partir dos
resultados dos questionários, confecciona-se, o "Camarim Mágico",
material didático que tem como objetivo subsidiar o professor no momento
de contar histórias infantis.
A proposta
pedagógica que objetiva inserir as crianças da Educação Infantil como
usuários correntes da língua escrita passa pela inserção no mundo
letrado, cabendo aos adultos, professores e profissionais da educação
infantil, serem referência de leitores e escritores, usuários
competentes da língua escrita.
A função social
da instituição escola é exercer esse papel fundamental ao promover
espaço para a leitura, onde o lúdico permita as crianças à possibilidade
de viver novas experiências, organizar os sentimentos, desenvolver a
criatividade e a afetividade. Assim como alargar seus horizontes e
reestruturar a leitura de mundo, permitindo que a criança torne-se
leitora.
Segundo Lacan
(1994) "tão logo ela se instala no domínio cognitivo de um ser humano,
converte-o em um leitor, ou seja, modifica sua condição".
O primeiro
contato da criança com a leitura dá-se pela audição, mas tão importante
quanto ouvir histórias infantis é a exploração, apreciação e a
visualização de livros de gravuras, que possibilitam criar histórias,
alimentando a criatividade e o imaginário, o que oportuniza o
conhecimento de si mesmo e do mundo do qual faz parte. Com isso a
criança consegue estabelecer relação entre o real e o não-real.
Os contos e as
fábulas são importantes para as crianças, porque simbolizam o caminho
que todo ser humano percorre para o desenvolvimento, por isso fascinam
as crianças.
Elas utilizam
este recurso para compreender situações e construir conhecimentos que
necessitam para desenvolver sua personalidade.
O primeiro
contato da criança com a leitura dá-se pela audição, mas tão importante
quanto ouvir histórias infantis é a exploração, apreciação e a
visualização de livros de gravuras, que possibilitam criar histórias,
alimentando a criatividade e o imaginário, o que oportuniza o
conhecimento de si mesmo e do mundo do qual faz parte. Com isso a
criança consegue estabelecer relação entre o real e o não-real.
Os contos e as
fábulas são importantes para as crianças, porque simbolizam o caminho
que todo ser humano percorre para o desenvolvimento, por isso fascinam
as crianças.
Elas utilizam
este recurso para compreender situações e construir conhecimentos que
necessitam para desenvolver sua personalidade.
O universo da
fantasia, repleto de cenários maravilhosos, onde habitam heróis, fadas,
princesas, bruxas, reis e seres inanimados, traz em seus enredos
mensagens positivas e situações de horror, regadas por palavras mágicas,
atitudes.
O universo da
fantasia, repleto de cenários maravilhosos, onde habitam heróis, fadas,
princesas, bruxas, reis e seres inanimados, traz em seus enredos
mensagens positivas e situações de horror, regadas por palavras mágicas,
atitudes nobres e momentos emocionantes, faz com que as crianças
guardem na memória, não somente o conhecimento construído, mas também,
os momentos de encantamento vividos, que todo adulto conserva como parte
primordial de sua identidade e foram originados pelos contos que ouviu
durante a infância.
A leitura possibilita à criança avançar em vários níveis de seu desenvolvimento, como:
-Sensorial: refere-se ao aspecto físico do livro (tamanho, espessura, capa, etc);
-Emocional: refere-se aos sentimentos que a leitura provoca.
-Racional: refere-se a reflexão a que conduz na construção do conhecimento e reorganização do mundo subjetivo.
Todos esses
conhecimentos fazem parte dos fatores que impulsionam a aprendizagem,
principalmente na associação entre som, palavra e escrita. O contato
diário com a leitura, ouvindo histórias ou manuseando os livros, é muito
importante para o desenvolvimento do "cidadão-leitor".
Formar leitores é investir na cidadania, por isso a proposta de incentivar a hora do conto na educação infantil.
A literatura, a
poesia, as letras de músicas e os demais textos, que fazem parte da
diversidade textual, são pronunciações explícitas e implícitas, de um
dado momento da realidade, e a maneira como o ser humano conta e
preserva a sua história, como se fossem fotografias das idéias
relacionadas a seu tempo e a sociedade em que vive.Lacan (1994) "Não é o
homem que constitui o simbólico... Mas o simbólico é que constrói o
homem".
Questões
aplicadas junto aos professores da Educação Infantil identificaram
dificuldades encontradas, no que diz respeito às atividades pedagógicas,
em fatores de ordem sociais, culturais e econômicos, bem como as
originadas nos cursos de formação inicial de professores, onde até bem
pouco tempo não era contemplada essa etapa de escolaridade.
A efervescência
da vida moderna, a ênfase exacerbada nas novas tecnologias, a apologia
aos meios de comunicação de massa, centrada na imagem, a falta de
recurso para a Educação Infantil, faz com que os livros tornem-se cada
vez mais distantes da maior parte da população.
A alta
rotatividade da sociedade atual e o conceito de família diversificado
distanciaram do convívio familiar a figura e participação dos avós na
educação das crianças. Hoje não se fazem presentes os avós, que outrora
contavam histórias... As pessoas já não se reúnem após o jantar para
relembrar causos vividos (ou inventados) pela família. E as histórias
vão se perdendo...
Lobato (1959) "À moda de Dona Benta ler era boa". Lia "diferente" dos livros.
E os livros, as folhas impressas encardenadas?
Segundo Lobato (1959) "Livros são papéis pintados com tinta". Teriam eles perdido o encanto?
Hoje, os livros
têm um custo alto para a maioria da população brasileira e não podem
concorrer com os produtos da cesta básica, as classes populares não têm
tempo nem disposição para ler após um dia de trabalho e por fim as
poucas bibliotecas existentes não atendem a demanda dos usuários, devido
à falta de manutenção, a renovação de acervo e baixo investimento em
profissionais especializados.
Todos estes
fatores fazem com que se dificulte a formação de leitores e sinalize o
quanto é desigual o acesso à cultura. A televisão passou a ser o lazer
da população menos favorecida. O que coloca as crianças diante de um
mundo nada mágico, o que vemos na telinha é a cruel realidade dos tempos
em que vivemos. É esta a realidade que proporcionamos aos pequenos no
lugar das histórias infantis.
Os contos e
fábulas falam de atos heróicos, de bondade e delicadeza. São mundos,
permeados entre o bem e o mal, em que a felicidade é para sempre... E o
mal? Este sempre cai no esquecimento!
Ao perderem o
contato com este mundo maravilhoso as crianças perdem também o contato
com noções relacionadas à coragem, a honestidade, a bondade... Tudo o
que é preciso para uma sociedade mais fraterna.
A mídia
televisiva, as novas tecnologias, como o computador e o vídeo game fazem
parte da indústria do entretenimento, não apresentam a mesma função
social da instituição escola. E é importante frisar que uma das funções
dos professores, como profissionais da educação, é a formação de
cidadãos-leitores e inclusão na sociedade da escrita e da informação.
Se não formarmos leitores, que tipo de cidadãos formaremos?
Estamos formando cidadãos?
E preciso avaliar...
Ler não
significa decodificar letras. Ler significa compreender criticamente os
textos que o mundo nos apresenta a todo o momento. É este compreender o
mundo que causa reflexão e mudanças no processo do desenvolvimento
humano.
Diante de
tantos desafios, a escola assegura uma de suas funções, a socialização
do conhecimento construído pela humanidade, bem como se responsabiliza
pela formação do cidadão.
Criança, para que se constitua em usuário da língua escrita.
As questões
postas apontam para preocupações do tipo: como a escola formará
leitores, sem livros, sem infra-estrutura, sem professores preparados
para tal tarefa?
Como sugestão
para essas e outras questões o ideal é que o professor centralize o seu
trabalho em atividades pedagógicas que façam uso de materiais didáticos e
muita criatividade, como recursos possíveis à superação das
dificuldades identificadas pelos professores da Educação Infantil.
A infância é um
mundo cheio de cores, onde cada criança traz consigo o impulso da
descoberta, da curiosidade e do querer aprender, inventam fantasias,
criam personagens, modificam a voz e transformam objetos e lugares. E
assim vão se descobrindo e atribuindo significado ao mundo que a cerca,
através do imaginativo, do exploratório e do inventivo mundo do faz de
conta que chamamos de lúdico.
Para contribuir
e tornar viável a utilização do material didático no processo de
aprendizagem para a Educação Infantil optou-se pela hora do conto,
criando fantoches e fantasias,etc, relacionados à literatura infantil.
Para focar resultados pedagógicos foi assim, como sempre acontece nos
contos de fadas que se elaborou o "Camarim Mágico".
O "Camarim
Mágico" que é mágico mesmo, pois transporta a todas as crianças e
adultos ao mundo dos contos de fadas, consiste de uma caixa bem grande,
do tamanho das próprias crianças dessa faixa etária, a caixa no formato
de um guarda-roupa, tem duas portas que se abrem ao meio.
Quando abertas,
as portas transportam as crianças ao mundo mágico do faz de conta, pois
é possível escolher e vestir-se com roupas e acessórios que habitam o
mundo encantado das histórias infantis, contos, fábulas, fadas, bruxas,
príncipes, princesas, fadas madrinhas, sapos, etc... Pendurados no
interior das duas grandes portas, onde é possível dar asas a imaginação e
incorporar ao personagem escolhido, máscaras, pulseiras, colares,
cintos, lenços, etc... Abre-se aos nossos olhos o mundo mágico que
existe somente no mundo encantado da infância. Uma vez aberto não se
fecha jamais, pois ficará para sempre na nossa memória, em um lugar
maravilhoso, de sonho e de fantasia, pedaço de nós mesmos quando
crianças.
O material
didático proporciona momentos nos quais as crianças podem compartilhar
com o grupo, idéias, criatividade e imaginação.
A brincadeira, o
brincar, o fazer de conta está relacionado com a ludicidade, a
aprendizagem, a afetividade, o respeito, a socialização e mais
importante que tudo, a maravilhosa arte de educar seres humanos.
Os professores
de educação infantil devem resgatar o lúdico das histórias infantis,
para desenvolver os saberes necessários à construção do conhecimento,
assim como mediar situações pedagógicas que viabilizem o respeito pelas
relações humanas, a socialização das crianças, a aprendizagem, a
delicadeza do viver no mundo e com o mundo.
Os seres bons,
generosos e leais precisam voltar a ocupar os sonhos infantis,
fortalecendo assim os conceitos necessários para se viver em sociedade,
mesmo porque, o homem, é um ser social.
Os cidadãos
crianças que têm acesso e direito à educação, constitui-se em
cidadãos-leitores e precisam que seus direitos sejam favorecidos pela
família, pela escola e pela sociedade.
O respeito pela
infância deve ser preservado, e para começar investindo-se nos momentos
de leitura e de contato com os livros. Trata-se de investir no futuro.
A hora do conto
deve ser aproveitada de forma criativa e com dinâmicas variadas,
compatíveis à faixa etária das crianças, onde atividades pedagógicas
enfoquem: fantoches, cenários, fantasias, leituras de gravuras,
histórias sem textos, leitura apenas do início e do meio permitindo que
as crianças imaginem e levantem hipóteses sobre o final da história,
dobraduras, escrita das palavras estáveis do texto, ilustrações feitas
pelas crianças, músicas, etc.
Existe uma
infinidade de possibilidades para se trabalhar com os contos e fábulas.
No entanto é importante que o professor seja competente e conheça
profundamente a historia que irá ler e seja capaz de sensibilizar as
crianças em relação ao texto.
O ato de ler
está relacionado com os movimentos corporais, com a imposição da voz e
as e as mudanças de fisionomia de quem lê. É preciso ler pausadamente,
com entusiasmo e mostrar cuidado com o livro, (isso mostra respeito).
O professor
deve ficar atento as reações que a história infantil causa nas crianças,
pois se constituem em fonte de conhecimento que auxiliará a compreender
melhor as opiniões e sentimentos de cada criança, em relação aos
diversos textos apresentados.
A literatura
infantil é forte aliada no processo de aprendizagem e no desenvolvimento
cultural e artístico das crianças, mas professores as mudanças de
fisionomia de quem lê. É preciso ler pausadamente, com entusiasmo e
mostrar cuidado com o livro, (isso mostra respeito).
O professor
deve ficar atento as reações que a história infantil causa nas crianças,
pois constituem-se em fonte de conhecimento que auxiliará acompreender
melhor as opiniões e sentimentos de cada criança, em relação aos
diversos textos apresentados.
A literatura
infantil é forte aliada no processo de aprendizagem e no desenvolvimento
cultural e artístico das crianças, mas professores alfabetizadores
devem ser também profissionais competentes como contadores de histórias.
Segundo
Meireles (1984) "Que sem lucidez não se pensa bem a educação". Sem
objetividade não se constrói em educação.Mas sem beleza não tem a
educação nenhum propósito.
Mudar a condição social e intelectual da população vai além das novas tecnologias, da influência da mídia, etc.
Esta mudança é
para o futuro e com certeza passa pelo incentivo ao respeito e reflexão,
que os adultos devem cultivar nas crianças, e a educação infantil é um
ponto de partida rumo a formação de cidadãos-leitores, mas se faz
necessário à parceria com professores (as) alfabetizadores (as)
competentes e comprometidos com a educação democrática e de qualidade
para a maioria da população brasileira.
PROJETO LITERATURA INFANTIL DONA BARATINHA (PLANO DE AULA)
Faixa Etária: 03 a 06 anos.
Público: Educação Infantil.
Aplicação: em duas aulas
Referencial Nacional da Educação Infantil: Eixo " Aquisição da Escrita e Leitura".
Justificativa
O sucesso na
alfabetização e no letramento depende da criação de um "Ambiente
Alfabetizador", produzindo estímulos que provoquem nos alunos atos de
leitura e de escrita, permitindo-lhes compreender o funcionamento da
língua escrita e a apropriação de seu uso social.
Nesse contexto, histórias como a da "Dona Baratinha", é um excelente recurso pedagógico, tornando o processo ensino-aprendizagem mais prazeroso e motivador.
Objetivo Geral
A proposta
pedagógica que objetiva inserir as crianças da Educação Infantil como
usuários correntes da língua escrita passa pela inserção no mundo
letrado, cabendo aos adultos, professores e profissionais da educação
infantil, serem referência de leitores e escritores, usuários
competentes da língua escrita.
Proporcionar a
criança, através da leitura de histórias, o seu envolvimento com o
enredo e personagens, estabelecendo uma relação com os textos,
predispondo-se à alfabetização e ao letramento.
Desenvolvimento
No dia em que anteceder a "Hora da História", em que foram contadas as aventuras da Dona Baratinha, criaremos um clima de suspense. E escreveremos no quadro os seguintes dizeres: QUEM SERÁ QUE VAI CHEGAR AMANHÃ?
Ao final da aula desse dia, colocaremos as crianças em círculo, e conversaremos com os alunos estimulando a curiosidade deles:
- Amanhã vou contar uma história sobre um inseto muito pequeno.
- Que história será essa?
- O que será que vai acontecer?
Para todas
estas perguntas, iremos obter as mais variadas respostas citadas pelos
alunos e anotaremos para comprovação no dia seguinte.
No dia seguinte, na "Hora da História". Apresentaremos uma caixa-surpresa, contendo o personagem da Dona Baratinha e apresentaremos as crianças.
Continuaremos perguntando:
- E o que mais terá dentro da caixa?
Mostraremos o primeiro e o segundo mini-cartaz da história levantando o conhecimento dos alunos sobre a história:
- Onde mora Dona Baratinha?
- O que ela achou?
Continuaremos contando a história, com entonação, ritmo e fidelidade ao texto.
Cujo objetivo é envolvê-las, mantendo-as motivadas e curiosas para ouvir a história até o final.
Após contar toda a história, será sugerido as crianças que façam as seguintes atividades relacionadas com a história da Dona Baratinha:
·Reescrita da história, ilustrando-a com desenhos;
·Criação dos bichos divertidos;
·Confecção dos personagens: Dona Baratinha e o Senhor Ratinho;
·Construção da mobília da Dona Baratinha;
·Montagem da casinha, com as mobílias da Dona Baratinha, num canto da sala para as crianças brincarem;
·Desenhar os filhos da Dona Baratinha, claro se ela os tiver.AVALIAÇÃO
De ser constante e individual: Observação se os alunos constroem os seus próprios repertórios na linguagem, escrita e leitura. APRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA "A DONA BARATINHA"
Dentre a miscelânea de contos infantis, optamos em trabalhar com uma representação teatral do "Conto a Dona Baratinha",
cujo objetivo é o resgate do repertório de estórias folclóricas e
populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de
geração em geração, através dos familiares das crianças a elas, e
incentivar o hábito de ouvir, e re-contar, através da rememoração, pois a
arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da
repetição. Autoria da história "Conto a Dona Baratinha"
(autor desconhecido).O grupo é composto por 06 membros, cuja
distribuição é: uma narradora que fará as falas dos personagens e o
restante do grupo representará os personagens em forma de mímicas.A
narração do conto infantil será apresentado em 30 minutos.
Considerações Finais
Não há
necessidade de esperar pela alfabetização formal para que as crianças se
envolvam com a leitura de histórias infantis e a produção de textos.
Entretanto,
para que elas se tornem efetivamente leitoras e autoras dos próprios
textos, faz-se necessário que, em algum momento do processo de
alfabetização, tenham não somente adquirido conhecimentos específicos do
código alfabético, mas também e, sobretudo dos aspectos
lingüístico-discursivos em que ele se insere.
Afinal,
parafraseando Smolka (1993): "Não se 'ensina' ou não se 'aprende'
simplesmente a ler e a escrever. "Aprende-se uma forma de linguagem, uma
forma de interação, uma atividade, um trabalho simbólico."
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BECHARA,
Evanildo. História e estória. In: MELO, Gladstone Chaves de;
RODRIGUES,Antônio Basílio; BECHARA, Evanildo; FREITAS, Horácio Rolim de;
CARVALHO E SILVA, Maximiano de (orgs.). Na ponta da língua 3. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985.
CARRAHER ,T.N. (org.). Aprender pensando. Petrópolis, Vozes, 1986.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
CONTINI, J. "A concepção do sistema alfabético por crianças em idade pré-escolar". In: KATO, M.A. (org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas, Pontes, 1988.
FERREIRO, E. e TEBEROSKY, A. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985
KATO, M.A.; MOREIRA, N. e TARALLO, F. Estudos em alfabetização. Campinas, Edusf/Pontes, 1997.
KHÉDE, Sonia Salomão. Os personagens dos contos tradicionais.In: Personagens da literatura infanto- juvenil. São Paulo: Ática, 1990.
LACAN, Jacques. O seminário. Editora Zarar, 1994.
LOBATO, Monteiro. Serões de Dona Benta.Editora Brasiliense, 1959.
MAYRINK-SABINSON, M.L.T. "Um evento singular". In: ABAURRE M.B.M. Cenas de aquisição da escrita. Campinas, ABL/Mercado das Letras, 1995.
MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. Ed. Nova Fronteira, 1984.
MINISTÉRIO da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. "Introdução". Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, v.1, MED/SEF, 1998.
OLIVEIRA, Ieda de, O Contrato de Comunicação da Literatura Infantil e Juvenil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
REGO, L.L.B. Literatura infantil: uma nova perspectiva da alfabetização na pré-escola. São Paulo, FTD, 1990
SMOLKA, A.L.B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo, Cortez, 1993.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de; CAVALLETE, Floriana Toscano. Português para o ensino médio: língua, literatura e produção de textos. São Paulo: SCIPIONE,2002.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. Trad. Jeferson Luiz Camargo. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
__________ .Formação social da mente. Trad. José Cipolla Neto et alii. São Paulo, Martins Fontes, 1991PROJETO INTERDISCIPLINAR: OS CONTOS INFANTIS COMO ESTRATÉGIA PARA TRABALHAR LIMITES E DISCIPLINA NA SALA DE AULA
RESUMO
Dar
limites às crianças na Educação Infantil é iniciar o processo de
compreensão e apreensão do outro, ninguém pode respeitar seus
semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui
compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida.
Começando então a combater a indisciplina o professor nas aulas da
Educação Infantil constrói conhecimentos, firma habilidades, estrutura
significações, desperta potencialidades, assim também estabelece
limites.
O
projeto “os contos infantis como estratégia para trabalhar limites e
disciplina na sala de aula” pretende propiciar ao aluno a concepção de
limites, envolvendo os alunos no contato com regras de convivência
envolvendo alunos da Educação Infantil pré – I e Pré- II (Crianças de 4 a 5
anos de idade), professores, gestores trabalhando a
interdisciplinaridade com base em atividades previstas acontecerão nos
horários específicos das disciplinas abordadas no projeto nos meses de
Maio e Junho e Julho onde serão abordados através de contos infantis a
necessidade de impor limites para alunos da educação Infantil e a
imposição de regras na sala de aula.
Muitas das vezes a falta de limites esta na família, mas sempre reflete
na sala de aula e dificulta o trabalho do professor. E considerando que
o conceito de família é complexo e varia de acordo com as culturas,
neste estudo o termo utilizado refere-se a família nuclear caracterizada
pelo pai, mãe ou responsável e filho (MACGOLDRICK, 1995; CARVALHO,
2003). Ou seja, sempre que se referir a “pais” está subtendido que são
os responsáveis pela criança.
Esperamos que, nesse momento social em que a mudança de comportamento é
visível, este material possa auxiliar para suas reflexões e contribuir
para o repensar da disciplina junto aos grupos com os quais convive e
desenvolve sua ação profissional.
Sabemos que não temos a solução pronta e acabada, mas através dos
resultados apresentados durante execução deste projeto, esperamos
contribuir para uma mudança positiva na sala de aula com respeito ao
comportamento infantil, além de fazer uma reflexão sobre os métodos e
ensino que serão usados durante exercício da profissão como pedagogo e
em como trabalhar a interdisciplinaridade.
1 JUSTIFICATIVA
A falta de limites está sempre ligada à indisciplina. E caso os
professores ou pais não imponham limites pode provocar na criança a
sensação de abandono. Isso pode ocorrer pela falta de orientação e
controle dos professores sobre o que pode ou não fazer e a ilusão de que
pode fazer e ter o que quiser. É importante para ela que a concepção de
limites seja imposta em sala de aula, pois, com isso, se sente segura,
além de facilitar o ensino aprendizagem. É
fundamental para a boa educação das crianças, que os professores
acreditem no estabelecimento dos limites como um processo de compreensão
e apreensão do outro através do respeito, pois, fazendo com que o aluno
compreenda que não deve ultrapassar os limites que o professor tenha
estabelecido para si, nem satisfazer somente aos próprios desejos sem
pensar nos direitos do outro.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Propiciar ao aluno a concepção de limites, envolvendo os alunos o contato com regras de convivência.
2.2 ESPECÍFICOS
· Estimular
a obediência aos pais, professores e/ou responsáveis, ensinando
princípios Éticos como: moral, valores e ensinamentos contidos nos
contos.
· Revelar
que as restrições podem representar desafios divertidos, possibilitando
a adequação a limites, a cooperação e a competição, através do emprego
do bom senso e algumas regras para estabelecer limites na educação
infantil.
· Resgatar,
vivenciar e valorizar a boa convivência em sala de aula, trabalhando
raciocínio e a lógica por meio dos contos, desenvolvendo a percepção
visual através da exposição da caixa de histórias, da identificação das
cores, letras do alfabeto, ampliação do vocabulário, números naturais,
desenvolvimento de quantidade.
3 PÚBLICO ALVO
Alunos da Educação Infantil pré – I e Pré- II (Crianças de 4 a 5 anos de idade), professores, gestores.
4 DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Ciências naturais, arte, Português, Matemática, Temas transversais: ética, pluralidade cultural.
5 DURAÇÃO/cronograma
As atividades previstas acontecerão nos horários específicos das
disciplinas abordadas no projeto nos meses de Maio e Junho e Julho.
AÇÕES/ATIVIDADES
|
MESES
|
DATA
|
HORA
| ||
Maio
|
Junho
|
Julho
| |||
Grupo de Estudo/Escolha do tema
|
X
|
20/05/2012
|
3 horas
| ||
Levantamento bibliográfico
|
X
|
25/05/2012
|
2 horas
| ||
Escolha do conto
|
X
|
15/06/2012
|
2 horas
| ||
Correção online do projeto
|
X
|
07/05/2012
|
30 minutos
| ||
Apresentação em sala
|
X
|
14/05/2012
|
20 minutos
| ||
Escolha das atividades
|
X
|
X
|
20/06/2012
|
3 horas
| |
Execução da 1ª fase projeto na escola
|
X
|
11/07/2012
|
4 horas
| ||
Execução da 2ª fase projeto na escola
|
X
|
18/07/2012
|
4 horas
| ||
Execução da 1ª fase projeto na escola
|
X
|
25/07/2012
|
4 horas
|
Quadro 1. Representação do cronograma de execução da elaboração do projeto Autor: Valdineia Barreto
6 CONTEÚDOS
Regras e limites - Números naturais - As vogais – Desenho – Pintura - Formas geométricas – Ética.
7 METODOLOGIA
O
Projeto será desenvolvido seguindo as seguintes etapas. A 1ª Etapa:
Escolha do tema, pesquisa bibliográfica/levantamento prévio e elaboração
do Projeto; (Planejamento). 2ª Etapa: Sensibilização e apresentação do
Projeto em sala de aula. 3ª Escolha dos contos infantis a serem
utilizados. 4ª Confecção da caixa de histórias. 5ª Etapa: Execução do
Projeto. 6ª Avaliação do desempenho dos alunos.
DATA
|
CONTO
|
DISCIPLINAS
|
ATIVIDADES
|
DURAÇÃO
|
11
Julho
2012
|
Cachinhos dourado e os três ursos.
|
· Matemática.
· Arte.
· Geografia.
· Ciências naturais.
· Temas transversais: ética
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Roda de conversa.
|
3h/30m
|
18
Julho
2012
|
A lebre e a tartaruga
|
· Matemática.
· Estudos sociais.
· Português
· Arte.
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Discussão em grupo. Dinâmica.
|
4h
|
25
Julho
2012
|
A formiginha preguiçosa
|
· Português
· Estudos sociais.
· Ciências naturais.
· Temas transversais. Ética, Pluralidade cultural, musicalidade.
|
Apresentação da caixa de histórias. Pintura e desenho. Atividade impressa. Atividade de colagem. Discussão em dupla.
|
3h/40m
|
Quadro 2. Representação do cronograma de atividades Autor: Valdineia Barreto
8 ABORDAGEM
Este Projeto aborda a necessidade de impor limites para alunos da
educação Infantil e a imposição de regras na sala de aula.
9 ESTRATÉGIAS
· Expor através dos contos infantis as consequências de um mau comportamento.
· Conversar sobre a importância de obedecer à professora, aos pais e/ou responsáveis.
· Trabalhar a memorização da criança e reconhecimento de algumas regras de convivência.
· Discutir a importância de fazer somente o que é certo e o que é errado.
· Mostrar que não se pode ter tudo ou fazer o que quiser.
10 RECURSOS
RECURSOS GERAIS DO PROJETO
| |||
Humanos
|
Materiais de consumo
|
Físicos
|
Financeiro
|
Professores;
Alunos;
Inspetor de pátio;
|
Caixa
de histórias em material: papelão, E.V.A papel sulfilte, atividades:
desenho impresso, lápis de cor, giz de cera, lápis, borracha. DVD, TV.
|
Sala de aula.
Quadro
Pátio da escola
Quadro
|
E.V.A;
Papel sulfilte;
Atividades impressas;
Cd e DVD de músicas infantis;
|
Quadro 3. Representação dos recursos gerais do projeto Autor: Valdineia Barreto