INFINITO MUNDO PEQUENO
Os recursos da vida moderna, embora pareçam estar à nossa disposição,
para facilitar a nossa existência no planeta, são condicionamentos,
verdadeiras prisões de cor neon que nos prendem e nos minam a liberdade,
de forma quase que imperceptível.
É impressionante a importância que o celular passou a ter na rotina das
pessoas, de uns tempos pra cá, tornando-se praticamente um apêndice, uma
extensão do corpo! Ele vai à mesa, à cama, ao banheiro, à escola, à
igreja... Isso sem mencionar as versões à prova d’água que vão à praia e
à piscina.
Somos monitorados e teleguiados o tempo todo. E, tal qual ratinhos de
laboratório, obedecemos aos “toques personalizados” que nos avisam a
hora de dormir, de acordar, de tomar remédio, de cumprir compromissos,
de falar com alguém, entre outras coisas.
Nossos sentidos estão acorrentados à tecnologia. Está faltando QUASE
NADA para que a gente faça QUASE TUDO sob o comando dessas maquininhas e
desses aplicativos que parecem ter vida própria! A impressão que dá é
que nos colocaram no modo “piloto automático” e só conseguimos fazer o
que os sons mandam, o que as luzes indicam, o que os simuladores de
realidade sugerem.
A vida moderna converge para que sejamos automatizados. “Isso é
praticidade”, dizem. E quem se nega à previsibilidade da tecnologia,
insistindo em métodos mais tradicionais, é encarado como louco ou como
alguém fora da realidade (virtual?).
Dentro das telas minúsculas de um celular, o mundo se mostra
infinitamente grande e cheio de possibilidades; mas para quem resiste à
pressão de mergulhar nessa “vibe”, para quem escuta sem “ringtone”,
cozinha sem microondas, enxerga sem óculos 3D e prefere conversar
tête-à-tête a fazer uma vídeochamada, o mundo tem se tornado pequeno
demais!
Lídia Vasconcelos
INFINITO MUNDO PEQUENO
Os recursos da vida moderna, embora pareçam estar à nossa disposição,
para facilitar a nossa existência no planeta, são condicionamentos,
verdadeiras prisões de cor neon que nos prendem e nos minam a liberdade,
de forma quase que imperceptível.
É impressionante a importância que o celular passou a ter na rotina das
pessoas, de uns tempos pra cá, tornando-se praticamente um apêndice, uma
extensão do corpo! Ele vai à mesa, à cama, ao banheiro, à escola, à
igreja... Isso sem mencionar as versões à prova d’água que vão à praia e
à piscina.
Somos monitorados e teleguiados o tempo todo. E, tal qual ratinhos de
laboratório, obedecemos aos “toques personalizados” que nos avisam a
hora de dormir, de acordar, de tomar remédio, de cumprir compromissos,
de falar com alguém, entre outras coisas.
Nossos sentidos estão acorrentados à tecnologia. Está faltando QUASE
NADA para que a gente faça QUASE TUDO sob o comando dessas maquininhas e
desses aplicativos que parecem ter vida própria! A impressão que dá é
que nos colocaram no modo “piloto automático” e só conseguimos fazer o
que os sons mandam, o que as luzes indicam, o que os simuladores de
realidade sugerem.
A vida moderna converge para que sejamos automatizados. “Isso é
praticidade”, dizem. E quem se nega à previsibilidade da tecnologia,
insistindo em métodos mais tradicionais, é encarado como louco ou como
alguém fora da realidade (virtual?).
Dentro das telas minúsculas de um celular, o mundo se mostra
infinitamente grande e cheio de possibilidades; mas para quem resiste à
pressão de mergulhar nessa “vibe”, para quem escuta sem “ringtone”,
cozinha sem microondas, enxerga sem óculos 3D e prefere conversar
tête-à-tête a fazer uma vídeochamada, o mundo tem se tornado pequeno
demais!
Lídia Vasconcelos