O SONHO DA ARANHA
Era uma vez uma aranha pequenina que morava no alto de uma colina.
Todos os dias, ela passava horas a fio olhando o outro lado da colina, que ficava bem em frente à sua casa. Ela ficava imaginando como seria fascinante passar o seu fio prateado através daquele vale.
Quando as outras aranhas souberam que ela estava pensando numa coisa tão absurda, começaram a ridicularizá-la e a dizer que ela estava ficando doida.
- Bichinha, tão nova! - disse, com pena, uma velha aranha aposentada.
Como essa ideia estava se tornando obsessiva, sua mãe, muito preocupada, falou-lhe:
- Filha, deixe disso! Você é uma aranha, precisa aceitar suas limitações!
- Mas não seria maravilhoso ligar essas duas colinas com os fios que fazemos? - perguntou a pequenina.
- Seria - respondeu a mãe, meio confusa.
- Algo me diz que isso é possível, só não sei como.
- É claro que você não sabe, minha filha! Nós, aranhas, não podemos voar! E isso só aconteceria se tivéssemos asas, como alguns pássaros e insetos.
A pequena aranha ficou calada por muitos dias. A mãe estava mais tranquila, pensando haver dissuadido a filha da tal ideia.
Mas, numa tarde de primavera, quando o sol se espreguiçava e demorava a se esconder no horizonte, a aranhazinha confessou seus anseios ao amigo vento.
Ele achou que era um sonho muito lindo para uma aranha tão pequena e prometeu pensar numa forma de ajudá-la.
Enquanto pensava, soprou bem de levinho algumas folhas no chão. Fez um redemoinho e soprou um pouco mais na direção da aranha. Ela aproveitou o embalo e se deixou levar pela brisa...
Até hoje não se sabe ao certo o paradeiro da pequenina, mas dizem que toda primavera, quando o sol aparece, incide sobre uns fios prateados que, de uns tempos pra cá, começaram a ligar as colinas e a fazer parte da paisagem.
Sonhar nunca é demais.
Lídia Vasconcelos
O SONHO DA ARANHA
Era uma vez uma aranha pequenina que morava no alto de uma colina.
Todos os dias, ela passava horas a fio olhando o outro lado da colina, que ficava bem em frente à sua casa. Ela ficava imaginando como seria fascinante passar o seu fio prateado através daquele vale.
Quando as outras aranhas souberam que ela estava pensando numa coisa tão absurda, começaram a ridicularizá-la e a dizer que ela estava ficando doida.
- Bichinha, tão nova! - disse, com pena, uma velha aranha aposentada.
Como essa ideia estava se tornando obsessiva, sua mãe, muito preocupada, falou-lhe:
- Filha, deixe disso! Você é uma aranha, precisa aceitar suas limitações!
- Mas não seria maravilhoso ligar essas duas colinas com os fios que fazemos? - perguntou a pequenina.
- Seria - respondeu a mãe, meio confusa.
- Algo me diz que isso é possível, só não sei como.
- É claro que você não sabe, minha filha! Nós, aranhas, não podemos voar! E isso só aconteceria se tivéssemos asas, como alguns pássaros e insetos.
A pequena aranha ficou calada por muitos dias. A mãe estava mais tranquila, pensando haver dissuadido a filha da tal ideia.
Mas, numa tarde de primavera, quando o sol se espreguiçava e demorava a se esconder no horizonte, a aranhazinha confessou seus anseios ao amigo vento.
Ele achou que era um sonho muito lindo para uma aranha tão pequena e prometeu pensar numa forma de ajudá-la.
Enquanto pensava, soprou bem de levinho algumas folhas no chão. Fez um redemoinho e soprou um pouco mais na direção da aranha. Ela aproveitou o embalo e se deixou levar pela brisa...
Até hoje não se sabe ao certo o paradeiro da pequenina, mas dizem que toda primavera, quando o sol aparece, incide sobre uns fios prateados que, de uns tempos pra cá, começaram a ligar as colinas e a fazer parte da paisagem.
Sonhar nunca é demais.
Lídia Vasconcelos