👍Transtornos mentais em adultos começam na infância em 75% dos casos
Transtornos mentais em adultos começam na infância em 75% dos casos
Falta de tratamento pode afetar desenvolvimento escolar, carreira e habilidades sociais, aponta estudo
Um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), com escolas públicas de São Paulo e do Rio Grande do
Sul, mostra que 80% dos estudantes com algum transtorno mental — como
por exemplo ansiedade, fobias, déficit de atenção, hiperatividade ou
esquizofrenia — não recebem tratamento médico nem psicológico. Os
pesquisadores realizaram uma série de exames de neuroimagem, além de
avaliações genéticas e psiquiátricas em 2.511 alunos com idades entre
seis e 12 anos. Destes, 652 apresentaram pelo menos um transtorno
mental, mas apenas 20% haviam recebido algum tipo de tratamento.
O
psiquiatra Guilherme Polanczyk, um dos responsáveis pelo estudo, diz ser
uma ameaça silenciosa, embora o tratamento primário (sem a necessidade
de um especialista) baste na maioria dos quadros. A atenção é necessária
de qualquer maneira, pois grande parte das condições é crônica, em 75%
dos casos persistem até a vida adulta. “As instituições de ensino têm um
papel-chave na identificação e intervenção quando há transtornos
mentais. Nessa fase, a criança desenvolve habilidades
sociais, empatia, capacidade de resolver problemas, autocontrole,
cruciais para a vida adulta”, argumenta o pesquisador do Instituto de
Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina
(FM) para o Jornal da USP no Ar.
Recursos
no Brasil são escassos na educação, bem como no atendimento
psicológico, segundo Polanczyk. “Nos Estados Unidos e na Europa,
serviços de saúde mental estão na escola, assim os sintomas são
encontrados com prontidão”, diz o psiquiatra. “Os transtornos podem se
apresentar em diferentes condições: ansiedade, medo, fobia, ataques de
pânico, depressão. E em outras formas menos frequentes, apesar de
encontrados em amostras de adolescentes, como déficit de atenção,
transtornos comportamentais, bipolar, obsessivo-compulsivo e
esquizofrenia”, aponta. Os colégios deveriam não apenas trabalhar na
prevenção, como promover a saúde mental.
O
docente comenta que não existem dados representativos da população
brasileira, mas que a pesquisa indica uma importante pista. Ele diz que
“13% das crianças apresentaram transtorno clínico, outras 20%
subclínico, que acontece quando há sintoma, no entanto, não ultrapassam a
barreira diagnóstica, e 80% daquelas com o problema não receberam
nenhum tratamento”. Um indicativo preocupante, já que a amostragem do
ensaio está localizada em São Paulo e Porto Alegre — dois ricos centros
urbanos. “No interior e estados mais pobres, as taxas de tratamento
devem ser ainda menores”, estima Polanczyk.
O
especialista estuda esse problema no Instituto Nacional de Psiquiatria
do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), cujo site pode
ser acessado neste link.
“ Lá, cientistas de várias universidades, USP e Unifesp entre elas,
desenvolvem projetos de pesquisa e transmissão do conhecimento para a
comunidade. Muita coisa já poderia e dever
👍Transtornos mentais em adultos começam na infância em 75% dos casos
Transtornos mentais em adultos começam na infância em 75% dos casos
Falta de tratamento pode afetar desenvolvimento escolar, carreira e habilidades sociais, aponta estudo
Um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), com escolas públicas de São Paulo e do Rio Grande do
Sul, mostra que 80% dos estudantes com algum transtorno mental — como
por exemplo ansiedade, fobias, déficit de atenção, hiperatividade ou
esquizofrenia — não recebem tratamento médico nem psicológico. Os
pesquisadores realizaram uma série de exames de neuroimagem, além de
avaliações genéticas e psiquiátricas em 2.511 alunos com idades entre
seis e 12 anos. Destes, 652 apresentaram pelo menos um transtorno
mental, mas apenas 20% haviam recebido algum tipo de tratamento.
O
psiquiatra Guilherme Polanczyk, um dos responsáveis pelo estudo, diz ser
uma ameaça silenciosa, embora o tratamento primário (sem a necessidade
de um especialista) baste na maioria dos quadros. A atenção é necessária
de qualquer maneira, pois grande parte das condições é crônica, em 75%
dos casos persistem até a vida adulta. “As instituições de ensino têm um
papel-chave na identificação e intervenção quando há transtornos
mentais. Nessa fase, a criança desenvolve habilidades
sociais, empatia, capacidade de resolver problemas, autocontrole,
cruciais para a vida adulta”, argumenta o pesquisador do Instituto de
Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina
(FM) para o Jornal da USP no Ar.
Recursos
no Brasil são escassos na educação, bem como no atendimento
psicológico, segundo Polanczyk. “Nos Estados Unidos e na Europa,
serviços de saúde mental estão na escola, assim os sintomas são
encontrados com prontidão”, diz o psiquiatra. “Os transtornos podem se
apresentar em diferentes condições: ansiedade, medo, fobia, ataques de
pânico, depressão. E em outras formas menos frequentes, apesar de
encontrados em amostras de adolescentes, como déficit de atenção,
transtornos comportamentais, bipolar, obsessivo-compulsivo e
esquizofrenia”, aponta. Os colégios deveriam não apenas trabalhar na
prevenção, como promover a saúde mental.
O
docente comenta que não existem dados representativos da população
brasileira, mas que a pesquisa indica uma importante pista. Ele diz que
“13% das crianças apresentaram transtorno clínico, outras 20%
subclínico, que acontece quando há sintoma, no entanto, não ultrapassam a
barreira diagnóstica, e 80% daquelas com o problema não receberam
nenhum tratamento”. Um indicativo preocupante, já que a amostragem do
ensaio está localizada em São Paulo e Porto Alegre — dois ricos centros
urbanos. “No interior e estados mais pobres, as taxas de tratamento
devem ser ainda menores”, estima Polanczyk.
O
especialista estuda esse problema no Instituto Nacional de Psiquiatria
do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD), cujo site pode
ser acessado neste link.
“ Lá, cientistas de várias universidades, USP e Unifesp entre elas,
desenvolvem projetos de pesquisa e transmissão do conhecimento para a
comunidade. Muita coisa já poderia e dever
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