Alfabetização: porque fazer agrupamentos produtivos?

Alfabetização: por que fazer agrupamentos produtivos?

Na fase em que começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, as crianças devem ser organizadas em agrupamentos produtivos, para que aprendam na interação com os colegas.

Mas o que são e o que significam esses agrupamentos produtivos? No que eles podem ajudar a aprendizagem das crianças e o que devemos levar em conta na hora de fazê-los? 

O agrupamento produtivo está a serviço da heterogeneidade da sala de aula – no caso da alfabetização, da diversidade da esfera cognitiva das crianças – e de que os pequenos aprendem na interação com os colegas.

Na fase em que as crianças começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, o professor alfabetizador deve fazer agrupamentos de maneira planejada, intencional e criteriosa. Portanto, para ser efetivo no planejamento desse trabalho, o docente deve:
  • Conhecer seus alunos, ou seja, saber em qual hipótese de escrita cada aluno se encontra (daí a importância das sondagens); 
  • Conhecer as características pessoais das crianças (além de pensar nas hipóteses próximas, o relacionamento da dupla precisa ser positivo); 
  • Ter clareza do objetivo da atividade que será proposta à dupla (essa atividade precisa ser desafiadora);I
  • Intervir nas duplas quando necessário (significa lançar perguntas à dupla para que possam refletir e colocar em jogo tudo o que sabem para resolver o problema).
Exemplos de agrupamentos produtivos de acordo com as hipóteses de escrita que cada criança se encontra:
1- Aluno com escrita silábica sem valor sonoro convencional + aluno com escrita silábica com valor sonoro convencional:

A criança que escreve silabicamente representa a pauta sonora por apenas uma letra. Se essa letra realmente existe na sílaba é considerada convencional. Se não existe, é não convencional.
Portanto, essa dupla é produtiva, pois a criança que escreve utilizando letras que correspondem ao valor sonoro convencional pode ajudar seu colega que ainda utiliza qualquer letra a pensar sobre o valor sonoro que é inato a cada símbolo.

2- Aluno com escrita silábica com valor sonoro convencional + aluno com escrita silábico-alfabética:

Lembrando que a criança com escrita silábico-alfabética hora representa a sílaba com o número correto de letras, hora não. Exemplo: em vez de escrever BONECA, ela escreve BONCA.
Esta dupla é produtiva, pois a criança que escreve de forma silábico-alfabética vai ajudar o colega a compreender que, para se escrever uma sílaba, são necessárias duas letras, por exemplo.

Este é um tema que os coordenadores, devem sempre retomar com os professores alfabetizadores, orientando a prática e acompanhando-os. Uma vez bem que os agrupamentos estejam bem planejados, eles se tornam ações muito significativas para que as crianças avancem em suas hipóteses de escrita. E, quanto antes compreenderem o sistema de escrita alfabética, melhor para o processo de alfabetização!
Artigo escrito por: Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink



Alfabetização: por que fazer agrupamentos produtivos?

Na fase em que começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, as crianças devem ser organizadas em agrupamentos produtivos, para que aprendam na interação com os colegas.

Mas o que são e o que significam esses agrupamentos produtivos? No que eles podem ajudar a aprendizagem das crianças e o que devemos levar em conta na hora de fazê-los? 

O agrupamento produtivo está a serviço da heterogeneidade da sala de aula – no caso da alfabetização, da diversidade da esfera cognitiva das crianças – e de que os pequenos aprendem na interação com os colegas.

Na fase em que as crianças começam a refletir sobre o sistema de escrita alfabética, o professor alfabetizador deve fazer agrupamentos de maneira planejada, intencional e criteriosa. Portanto, para ser efetivo no planejamento desse trabalho, o docente deve:
  • Conhecer seus alunos, ou seja, saber em qual hipótese de escrita cada aluno se encontra (daí a importância das sondagens); 
  • Conhecer as características pessoais das crianças (além de pensar nas hipóteses próximas, o relacionamento da dupla precisa ser positivo); 
  • Ter clareza do objetivo da atividade que será proposta à dupla (essa atividade precisa ser desafiadora);I
  • Intervir nas duplas quando necessário (significa lançar perguntas à dupla para que possam refletir e colocar em jogo tudo o que sabem para resolver o problema).
Exemplos de agrupamentos produtivos de acordo com as hipóteses de escrita que cada criança se encontra:
1- Aluno com escrita silábica sem valor sonoro convencional + aluno com escrita silábica com valor sonoro convencional:

A criança que escreve silabicamente representa a pauta sonora por apenas uma letra. Se essa letra realmente existe na sílaba é considerada convencional. Se não existe, é não convencional.
Portanto, essa dupla é produtiva, pois a criança que escreve utilizando letras que correspondem ao valor sonoro convencional pode ajudar seu colega que ainda utiliza qualquer letra a pensar sobre o valor sonoro que é inato a cada símbolo.

2- Aluno com escrita silábica com valor sonoro convencional + aluno com escrita silábico-alfabética:

Lembrando que a criança com escrita silábico-alfabética hora representa a sílaba com o número correto de letras, hora não. Exemplo: em vez de escrever BONECA, ela escreve BONCA.
Esta dupla é produtiva, pois a criança que escreve de forma silábico-alfabética vai ajudar o colega a compreender que, para se escrever uma sílaba, são necessárias duas letras, por exemplo.

Este é um tema que os coordenadores, devem sempre retomar com os professores alfabetizadores, orientando a prática e acompanhando-os. Uma vez bem que os agrupamentos estejam bem planejados, eles se tornam ações muito significativas para que as crianças avancem em suas hipóteses de escrita. E, quanto antes compreenderem o sistema de escrita alfabética, melhor para o processo de alfabetização!
Artigo escrito por: Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink